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13/06/2006
-
19h18
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Um ano depois de ter revelado o esquema do "mensalão" e admitido ter se beneficiado com R$ 4 milhões, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) vai ser homenageado pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, ele recebe a medalha Pedro Ernesto, "uma condecoração às pessoas que se destacam na comunidade brasileira".
Partiu da filha de Jefferson, a vereadora Cristiane Brasil (PTB), a proposta para que ele fosse homenageado. A data foi escolhida porque é o dia do aniversário de Jefferson, que completa 53 anos amanhã. Segundo ela, Jefferson cumpriu um importante papel para o país quando denunciou o esquema de corrupção em entrevista à Folha de S.Paulo.
A homenagem repercutiu no Congresso. "É uma coisa escandalosa e absurda. Não é a primeira vez que isso acontece. Diversos banqueiros do jogo do bicho também já receberam a honraria. Há evidentes desvios da finalidade da condecoração", condenou o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
Por causa do histórico do prêmio, o petista disse que já recusou a homenagem. "Preferi não receber", contou.
Relator do processo no Conselho de Ética da Câmara que levou à cassação do mandato de Roberto Jefferson, o deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) também lamentou a condecoração. "Isso é a democracia e a gente tem que respeitar. Mas ele mereceu perder o mandato por conta dos R$ 4 milhões que embolsou e das levianas acusações que fez contra algumas pessoas", disse.
Jefferson foi o primeiro a perder o mandato por causa das denúncias. Depois dele, apenas José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE) foram condenados pelo episódio. Outros 11 citados foram absolvidos. Ainda falta concluir o processo do deputado José Janene (PP-PR), que hoje foi condenado pelo Conselho com a pena máxima da cassação, decisão que ainda precisa passar pelo plenário.
Além de perder o mandato, Jefferson também ficará afastado da política por oito anos. Ele trabalha para eleger sua filha, a mesma da homenagem, deputada federal nas eleições de outubro. Nesta quarta-feira, mesmo dia da homenagem a Jefferson, completa um ano que o Conselho de Ética se reuniu pela primeira vez para analisar os processos do "mensalão".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Roberto Jefferson
Após um ano das denúncias do "mensalão", Jefferson recebe homenagem no Rio
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da Folha Online, em Brasília
Um ano depois de ter revelado o esquema do "mensalão" e admitido ter se beneficiado com R$ 4 milhões, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) vai ser homenageado pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, ele recebe a medalha Pedro Ernesto, "uma condecoração às pessoas que se destacam na comunidade brasileira".
Partiu da filha de Jefferson, a vereadora Cristiane Brasil (PTB), a proposta para que ele fosse homenageado. A data foi escolhida porque é o dia do aniversário de Jefferson, que completa 53 anos amanhã. Segundo ela, Jefferson cumpriu um importante papel para o país quando denunciou o esquema de corrupção em entrevista à Folha de S.Paulo.
A homenagem repercutiu no Congresso. "É uma coisa escandalosa e absurda. Não é a primeira vez que isso acontece. Diversos banqueiros do jogo do bicho também já receberam a honraria. Há evidentes desvios da finalidade da condecoração", condenou o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
Por causa do histórico do prêmio, o petista disse que já recusou a homenagem. "Preferi não receber", contou.
Relator do processo no Conselho de Ética da Câmara que levou à cassação do mandato de Roberto Jefferson, o deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) também lamentou a condecoração. "Isso é a democracia e a gente tem que respeitar. Mas ele mereceu perder o mandato por conta dos R$ 4 milhões que embolsou e das levianas acusações que fez contra algumas pessoas", disse.
Jefferson foi o primeiro a perder o mandato por causa das denúncias. Depois dele, apenas José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE) foram condenados pelo episódio. Outros 11 citados foram absolvidos. Ainda falta concluir o processo do deputado José Janene (PP-PR), que hoje foi condenado pelo Conselho com a pena máxima da cassação, decisão que ainda precisa passar pelo plenário.
Além de perder o mandato, Jefferson também ficará afastado da política por oito anos. Ele trabalha para eleger sua filha, a mesma da homenagem, deputada federal nas eleições de outubro. Nesta quarta-feira, mesmo dia da homenagem a Jefferson, completa um ano que o Conselho de Ética se reuniu pela primeira vez para analisar os processos do "mensalão".
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