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15/06/2006 - 21h04

Mercadante diz que vai acabar com a Febem se eleito governador

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FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em Aparecida

O senador Aloizio Mercadante, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, disse nesta quinta em Aparecida (167 km a nordeste de São Paulo) que, se for eleito, sua primeira medida como governador será acabar com a Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).

"Minha primeira medida será acabar com a Febem. Acho que a Febem hoje virou um colégio do crime, é um fracasso completo", disse o senador, que participou da missa de Corpus Christi na Basílica Nacional de Aparecida.

A declaração de Mercadante é um ataque direto ao PSDB, ao candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin, e ao pré-candidato do partido ao governo paulista, José Serra. A Febem passou por uma de suas maiores crises durante a gestão de Alckmin, que recebeu críticas pelas seguidas rebeliões registradas na instituição.

Em março de 2005, no auge da crise, o então governador Alckmin anunciou um projeto de descentralização da Febem que previa a construção de 41 novas unidades no Estado. A proposta era reduzir o número de internos para no máximo 40 por unidade e, com isso, diminuir a possibilidade de motins.

O projeto enfrentou a oposição de prefeitos de diversos municípios do interior do Estado, preocupados com a insegurança do modelo. E a construção dos prédios, prometida por Alckmin para agosto do ano passado, até hoje não foi concluída.

Mercadante propôs substituir o atual modelo por algo parecido com o projeto de descentralização de Alckmin. De acordo com ele, em seu governo a Febem seria composta por duas instituições: a primeira para abrigar jovens em reclusão, e uma segunda que promovesse a liberdade assistida dos jovens, funcionando em parceria com ONGs e a igreja. Em cada unidade, um máximo de 40 internos.

O senador ainda criticou Serra, que, segundo ele, está evitando fazer comentários sobre a crise na segurança pública em São Paulo. "O Serra não disse um comentário, uma sugestão, uma proposta para se reverter essa situação. Isso mostra que ele não tem nenhuma motivação para disputar o governo de São Paulo. Ele, na realidade, está disputando com o Alckmin o lugar de candidato do PSDB [à Presidência]", declarou.

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