Publicidade
Publicidade
16/06/2006
-
18h28
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O comando da chamada "CPI das Sanguessugas" deverá ser formado por parlamentares contrários às investigações no Congresso. Em razão de um rodízio entre os partidos, o PT irá indicar o presidente da comissão. Há ainda a possibilidade de o relator ser indicado pelo bloco PSDB/PFL que tem maioria no Senado. A decisão caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), e o presidente nacional da legenda, deputado Ricardo Berzoini (SP), já afirmaram várias vezes que consideram a CPI um palanque para a oposição criticar o governo.
O relator da CPI deverá ser um senador do PMDB. A indicação cabe ao líder do partido na Casa, senador Ney Suassuna (PB), que também teve dois assessores presos pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga.
O senador Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado, afirmou hoje que vai defender o nome do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) para a relatoria da comissão. "Somos [PSDB e PFL] a maior bancada do Senado. Não tem como nós não ficarmos com uma das vagas", disse ele.
Ainda por causa do regimento e do tamanho das bancadas, dois dos três partidos responsáveis pela criação da CPI devem ficar de fora das investigações. Pelo rodízio na Câmara, a vaga é do PRB, o que deixará PSOL e PV sem assento na comissão.
Composição
O PRB tem apenas dois deputados, José Divino (RJ) e Vieira Reis (RJ). Ambos foram indiretamente envolvidos na Operação Sanguessuga, que revelou o esquema de desvio no Orçamento por meio da compra da superfaturada de ambulâncias por prefeituras.
José Divino teria indicado Maria da Penha Lino para o Ministério da Saúde. Ela foi presa, apontada pela PF como o braço do esquema no Executivo. Antes de trabalhar na pasta, Maria da Penha era funcionária do deputado.
Vieira Reis teve um assessor preso acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O PRB ainda não definiu quem representará o partido na CPI.
Para tentar garantir a presença do PV e PSOL na CPI, lideranças dos dois partidos se reúnem na próxima terça-feira, em Brasília.
O deputado Raul Jungmann (PE), que ao lado de Fernando Gabeira (PV-RJ), João Alfredo (PSOL-CE) e da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), coletaram as assinaturas para a CPI, disse que a intenção é ceder a vaga de suplente do PPS a um dos dois partidos.
O PPS também é autor do requerimento de criação da CPI, mas o partido tem uma bancada maior e vaga garantida na comissão. Jungmann disse que os partidos também estão em negociação com PSDB e PFL que poderiam ceder espaço para PSOL e PV.
A composição da CPI deve ser definida até as 17 horas da tarde de terça-feira. A primeira sessão da comissão será no dia seguinte.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a operação Sanguessuga
Leia a cobertura completa da crise em Brasília
CPI das Sanguessuga será comandada por partidos contrários às investigações
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O comando da chamada "CPI das Sanguessugas" deverá ser formado por parlamentares contrários às investigações no Congresso. Em razão de um rodízio entre os partidos, o PT irá indicar o presidente da comissão. Há ainda a possibilidade de o relator ser indicado pelo bloco PSDB/PFL que tem maioria no Senado. A decisão caberá ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), e o presidente nacional da legenda, deputado Ricardo Berzoini (SP), já afirmaram várias vezes que consideram a CPI um palanque para a oposição criticar o governo.
O relator da CPI deverá ser um senador do PMDB. A indicação cabe ao líder do partido na Casa, senador Ney Suassuna (PB), que também teve dois assessores presos pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga.
O senador Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado, afirmou hoje que vai defender o nome do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) para a relatoria da comissão. "Somos [PSDB e PFL] a maior bancada do Senado. Não tem como nós não ficarmos com uma das vagas", disse ele.
Ainda por causa do regimento e do tamanho das bancadas, dois dos três partidos responsáveis pela criação da CPI devem ficar de fora das investigações. Pelo rodízio na Câmara, a vaga é do PRB, o que deixará PSOL e PV sem assento na comissão.
Composição
O PRB tem apenas dois deputados, José Divino (RJ) e Vieira Reis (RJ). Ambos foram indiretamente envolvidos na Operação Sanguessuga, que revelou o esquema de desvio no Orçamento por meio da compra da superfaturada de ambulâncias por prefeituras.
José Divino teria indicado Maria da Penha Lino para o Ministério da Saúde. Ela foi presa, apontada pela PF como o braço do esquema no Executivo. Antes de trabalhar na pasta, Maria da Penha era funcionária do deputado.
Vieira Reis teve um assessor preso acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O PRB ainda não definiu quem representará o partido na CPI.
Para tentar garantir a presença do PV e PSOL na CPI, lideranças dos dois partidos se reúnem na próxima terça-feira, em Brasília.
O deputado Raul Jungmann (PE), que ao lado de Fernando Gabeira (PV-RJ), João Alfredo (PSOL-CE) e da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), coletaram as assinaturas para a CPI, disse que a intenção é ceder a vaga de suplente do PPS a um dos dois partidos.
O PPS também é autor do requerimento de criação da CPI, mas o partido tem uma bancada maior e vaga garantida na comissão. Jungmann disse que os partidos também estão em negociação com PSDB e PFL que poderiam ceder espaço para PSOL e PV.
A composição da CPI deve ser definida até as 17 horas da tarde de terça-feira. A primeira sessão da comissão será no dia seguinte.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice