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18/06/2006 - 09h57

Até entidades com endereço fictício são beneficiadas com concessões

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da Folha de S.Paulo, no Rio

Segundo a lei, as fundações devem ter patrimônio suficiente para garantir a sobrevivência financeira das emissoras, mas não é o que se vê. Mesmo com endereços fictícios, passam pelo crivo do governo.

É o caso da Fundação João Sotero, comandada por José Clênio Soares de Lima, ex-presidente do PSDB em Caruaru (PE). A entidade já possuía uma rádio educativa em Recife e ganhou outra em Belo Jardim, no mesmo Estado. O endereço da fundação que aparece no Ministério das Comunicações é uma caixa postal.

O promotor de Justiça responsável pela fiscalização das fundações em Recife, Ulisses Araújo de Sá, diz que a João Sotero não está registrada no Ministério Público da capital e que, em razão disso, não poderia ter recebido concessão de um serviço público na cidade.

A rádio foi transferida para a fundação Vicente Campelo, em Recife, que repassou uma TV educativa, recebida no governo FHC, a uma terceira fundação, criada pelo empresário João Florentino. Há políticos em duas pontas desta operação, já que a Vicente Campelo é dirigida por Edson Queiroz, irmão do deputado federal Armando Queiroz Monteiro (PTB-PE).

Sede em terreno

Vinculada ao deputado federal Wladimir Costa (PMDB-PA), a Fundação Barcarena de Comunicação e Assistência Social não possui telefone, tem como sede declarada o nome de uma rua, sem número, e recebeu duas rádios educativas: uma em Tucuruí e outra em Barcarena, ambas no Pará.

A sede da fundação Educacional e Cultural Nativa, presidida pelo ex-deputado estadual maranhense Raimundo Nonato Vieira, é um terreno baldio em Araguantins, em Tocantins. Mesmo assim, ganhou uma rádio em Parauapebas (PA).

Especial
  • Confira o que foi publicado sobre as concessões de rádio e televisão
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