Publicidade
Publicidade
19/06/2006
-
17h11
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A corregedoria da Câmara vai pedir a cassação do mandato do deputado B. Sá (PSB-PI), flagrado numa conversa telefônica, autorizada pela Justiça, negociando propina com as empreiteiras OAS e Cojuda. O processo já está pronto e será analisado na reunião da Mesa Diretora nesta quarta-feira.
É a Mesa Diretora quem decide se o pedido de cassação será encaminhado ao Conselho de Ética da Câmara ou arquivado.
O deputado Domiciano Cabral (PSDB-PB) também foi citado. Segundo apurou a Folha Online, a comissão de sindicância da corregedoria da Câmara avaliou que as negociações dele com o sogro não tiveram conseqüência e Domiciano deverá ser poupado.
Apesar de ser apenas um processo envolvendo os dois parlamentares, os casos serão desmembrados. Na quarta-feira, apenas o processo contra B. Sá será apresentado na reunião da Mesa.
A denúncia contra B. Sá foi publicada na revista "Veja", em março. Numa conversa telefônica com um executivo da construtora --OAS, responsável pelas obras da barragem de Poço de Marruá, no Piauí-- B. Sá é orientado a se dirigir à uma sala comercial em Brasília "para receber 15".
A Polícia Federal entende que seriam R$ 15 mil de pagamento de propina por Sá ter apresentado emendas ao Orçamento para a construção da barragem.
Quanto a Cabral, a reportagem da revista afirma que ele sugeriu ao dono da Cojuda, Julião Medeiros, que também é seu sogro, buscar negócios no âmbito do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) porque haveria "muito dinheiro" na repartição. Em suas conversas, Medeiros diz que o Dnit lhe deve R$ 2 milhões, "e promete uma 'bolada' ao genro se ele convencer o [então] ministro [Alfredo Nascimento, dos Transportes] a lhe pagar".
Como o encontro com o ministro não ocorreu, a comissão de sindicância entendeu que o deputado apenas tentou uma operação que não teve sucesso. Ao contrário de B. Sá que realmente teria recebido a propina. Fazem parte da comissão de sindicância os deputados Robson Tuma (PFL-SP), Odair Cunha (PT-MG) e Ciro Nogueira (PP-PI). Tuma é o relator.
B. Sá e Domiciano Cabral não foram encontrados pela reportagem para falar sobre o assunto.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre B. Sá
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Corregedoria da Câmara vai pedir cassação de B. Sá
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
A corregedoria da Câmara vai pedir a cassação do mandato do deputado B. Sá (PSB-PI), flagrado numa conversa telefônica, autorizada pela Justiça, negociando propina com as empreiteiras OAS e Cojuda. O processo já está pronto e será analisado na reunião da Mesa Diretora nesta quarta-feira.
É a Mesa Diretora quem decide se o pedido de cassação será encaminhado ao Conselho de Ética da Câmara ou arquivado.
O deputado Domiciano Cabral (PSDB-PB) também foi citado. Segundo apurou a Folha Online, a comissão de sindicância da corregedoria da Câmara avaliou que as negociações dele com o sogro não tiveram conseqüência e Domiciano deverá ser poupado.
Apesar de ser apenas um processo envolvendo os dois parlamentares, os casos serão desmembrados. Na quarta-feira, apenas o processo contra B. Sá será apresentado na reunião da Mesa.
A denúncia contra B. Sá foi publicada na revista "Veja", em março. Numa conversa telefônica com um executivo da construtora --OAS, responsável pelas obras da barragem de Poço de Marruá, no Piauí-- B. Sá é orientado a se dirigir à uma sala comercial em Brasília "para receber 15".
A Polícia Federal entende que seriam R$ 15 mil de pagamento de propina por Sá ter apresentado emendas ao Orçamento para a construção da barragem.
Quanto a Cabral, a reportagem da revista afirma que ele sugeriu ao dono da Cojuda, Julião Medeiros, que também é seu sogro, buscar negócios no âmbito do Dnit (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) porque haveria "muito dinheiro" na repartição. Em suas conversas, Medeiros diz que o Dnit lhe deve R$ 2 milhões, "e promete uma 'bolada' ao genro se ele convencer o [então] ministro [Alfredo Nascimento, dos Transportes] a lhe pagar".
Como o encontro com o ministro não ocorreu, a comissão de sindicância entendeu que o deputado apenas tentou uma operação que não teve sucesso. Ao contrário de B. Sá que realmente teria recebido a propina. Fazem parte da comissão de sindicância os deputados Robson Tuma (PFL-SP), Odair Cunha (PT-MG) e Ciro Nogueira (PP-PI). Tuma é o relator.
B. Sá e Domiciano Cabral não foram encontrados pela reportagem para falar sobre o assunto.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice