Publicidade
Publicidade
20/06/2006
-
17h00
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira a primeira parte do inquérito sobre a invasão de integrantes do MLST à Câmara ocorrida no último dia 5, com o pedido de indiciamento de 115 pessoas.
O delegado Valmir Lemos Oliveira solicitou à Justiça Federal que mantenha a prisão de 42 integrantes do movimento detidos em flagrante.
Entre os presos está o ex-dirigente petista Bruno Maranhão. O inquérito foi apresentado hoje, após 15 dias da prisão em flagrante. Caso contrário, a Justiça seria obrigada a soltar todos os presos.
Se a Justiça acatar o pedido do delegado para que a prisão passe a ser preventiva, os 42 sem-terra devem ficar detidos até a conclusão do processo. No caso da prisão em flagrante, o prazo máximo é de 100 dias.
O delegado considerou que os militantes do MLST que estão detidos apresentam "risco à ordem pública", o que, segundo ele, justifica a manutenção da prisão. "A sociedade ficou muito abalada. Se colocássemos todas as pessoas em liberdade, a sociedade poderia não aprovar essa medida", justificou Oliveira.
Os 115 indiciados até o momento deverão responder por crimes de lesão corporal simples contra 36 pessoas, lesão gravíssima contra dois servidores da Câmara, dano qualificado ao patrimônio público e formação de quadrilha.
Com relação a Bruno Maranhão, um dos líderes do movimento, a PF avaliou que ele teve participação efetiva em vários momentos do episódio. Isso porque, segundo a PF, a justificativa dele de que não estava presente no momento da invasão não é motivo para deixá-lo de fora do inquérito. O ex-dirigente petista alega que estava no gabinete de um deputado no momento em que o grupo invadiu o Congresso.
Para definir o envolvimento dessas 115 pessoas, a PF se baseou em depoimentos de testemunhas e imagens. Uma fita, que foi apreendida com integrantes do MLST mostrando uma reunião na qual combinam a invasão à Câmara, também foi anexada ao inquérito e está sendo periciada.
Entre os 73 que foram indiciados hoje e que não estão presos aparece um casal que a PF considera que participou dos atos de planejamento e do início da execução do crime. O casal teria alugado a sede da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura) para abrigar os sem-terra em Brasília antes da invasão.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MLST
PF pede indiciamento de 115 em inquérito sobre invasão da Câmara
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira a primeira parte do inquérito sobre a invasão de integrantes do MLST à Câmara ocorrida no último dia 5, com o pedido de indiciamento de 115 pessoas.
O delegado Valmir Lemos Oliveira solicitou à Justiça Federal que mantenha a prisão de 42 integrantes do movimento detidos em flagrante.
Entre os presos está o ex-dirigente petista Bruno Maranhão. O inquérito foi apresentado hoje, após 15 dias da prisão em flagrante. Caso contrário, a Justiça seria obrigada a soltar todos os presos.
Se a Justiça acatar o pedido do delegado para que a prisão passe a ser preventiva, os 42 sem-terra devem ficar detidos até a conclusão do processo. No caso da prisão em flagrante, o prazo máximo é de 100 dias.
O delegado considerou que os militantes do MLST que estão detidos apresentam "risco à ordem pública", o que, segundo ele, justifica a manutenção da prisão. "A sociedade ficou muito abalada. Se colocássemos todas as pessoas em liberdade, a sociedade poderia não aprovar essa medida", justificou Oliveira.
Os 115 indiciados até o momento deverão responder por crimes de lesão corporal simples contra 36 pessoas, lesão gravíssima contra dois servidores da Câmara, dano qualificado ao patrimônio público e formação de quadrilha.
Com relação a Bruno Maranhão, um dos líderes do movimento, a PF avaliou que ele teve participação efetiva em vários momentos do episódio. Isso porque, segundo a PF, a justificativa dele de que não estava presente no momento da invasão não é motivo para deixá-lo de fora do inquérito. O ex-dirigente petista alega que estava no gabinete de um deputado no momento em que o grupo invadiu o Congresso.
Para definir o envolvimento dessas 115 pessoas, a PF se baseou em depoimentos de testemunhas e imagens. Uma fita, que foi apreendida com integrantes do MLST mostrando uma reunião na qual combinam a invasão à Câmara, também foi anexada ao inquérito e está sendo periciada.
Entre os 73 que foram indiciados hoje e que não estão presos aparece um casal que a PF considera que participou dos atos de planejamento e do início da execução do crime. O casal teria alugado a sede da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura) para abrigar os sem-terra em Brasília antes da invasão.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice