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21/06/2006 - 20h14

Ex-assessora da Saúde que denunciou "sanguessugas" deixa prisão

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da Agência Folha

A ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, presa pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga, deixou a prisão na terça-feira à noite, em Cuiabá. Ela obteve um habeas corpus no TRF (Tribunal Regional Federal) da 1º Região, em Brasília.

Lino, que estava presa desde o início de maio, responde a processo por envolvimento no esquema de venda de ambulâncias e equipamentos hospitalares superfaturados pela empresa Planam com recursos liberados mediante emendas de deputados federais. A quadrilha foi desbaratada pela Polícia Federal na chamada "Operação Sanguessuga".

O empresário Darci José Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin, seu filho, tiveram pedidos de habeas corpus negados pelo mesmo tribunal e continuam presos. Darci e Luiz Antônio, donos da Planam, são acusados de serem os principais responsáveis pela fraude.

Em seu despacho, o desembargador Cândido Ribeiro disse que "a estrutura de funcionamento montada para a prática dos atos ilícitos demonstrada pelas escutas telefônicas [...] permite que se vislumbre o perigo de, caso soltos, possam dar continuidade aos delitos".

A ex-assessora prestou depoimento de 16 horas na última segunda-feira na 2ª Vara Federal de Cuiabá, onde tramita o processo. Segundo sua advogada, Sandra Cristina Alves, Lino deu detalhes do funcionamento do esquema dentro da Planam, onde trabalhou antes de ir para o ministério, e repetiu as informações já dadas à PF.

Em depoimento à polícia, Lino havia listado 81 parlamentares que teriam recebido propina. Depois, disse que o número dos que tiveram algum contato com a Planam chegava a 283.

O Ministério Público Federal denunciou no início do mês 81 pessoas, sendo 27 assessores e ex-assessores de parlamentares, nove ex-deputados e um ex-senador. A Justiça já acatou a denúncia contra pelo menos 36 dessas pessoas.

Especial
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