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22/06/2006
-
16h00
REGIANE SOARES
da Folha Online
O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, disse hoje que a preocupação do PSDB em tê-lo como vice do tucano José Serra é legítima. "Imagina amanhã o Serra ser candidato a presidente e o Quércia, como vice, assume o governo e é candidato à reeleição. É esse o problema maior: 2010, quando o PSDB terá de deixar o governo nas mãos do PMDB", afirmou o ex-governador.
"É uma preocupação legítima, não estou desconsiderando. Não é nada contra mim, pessoalmente", completou.
O PMDB decidiu nesta quinta-feira lançar Quércia como candidato ao governo de São Paulo. A decisão ocorreu após Serra informar a Quércia que seu nome foi rejeitado para ser vice de sua chapa.
Com a definição da candidatura do PMDB, o ex-governador espera agora poder organizar a campanha e negociar o vice. Se o partido não definir um nome até sábado, quando acontece a convenção, a decisão será delegada à Executiva da legenda.
Possíveis alianças também serão negociadas, mas Quércia já reconheceu que as discussões estão "comprometidas" devido à falta de tempo. Ao final do prazo para realização das convenções para definir as candidaturas, a maioria dos partidos já concluíram as discussões e definiram por candidatura própria ou os apoios.
O PC do B foi um dos partidos lembrados por Quércia para repetir o apoio dado pelos comunistas aos peemedebistas quando foi eleito governador. Mas já foi descartado. "O PC do B vindo para o nosso lado, embora seja muito honroso para mim, pode dar a conotação de que seria um acerto com o PT para favorecer a candidatura do Mercadante", afirmou Quércia, ao se referir ao senador Aloizio Mercadante, escolhido pelo PT para disputar o governo.
Quércia lembrou que há uma expectativa no PT de que o "Quércia vai nos ajudar". "Mas a recíproca é verdadeira. O ideal, para nós, é estimular o Mercadante para ele nos ajudar a ir para o segundo turno", comentou.
O ex-governador disse ainda que não vai bater em ninguém na campanha e que não pretende confrontar com Mercadante para conquistar o segundo lugar. "Eu não vou dar motivo para me confrontar com ele. Vou pedir votos e apresentar o programa do PMDB. Não sou de briga. Já fui, não sou mais", comentou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Quércia diz que entende preocupação do PSDB em ter PMDB como vice
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da Folha Online
O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, disse hoje que a preocupação do PSDB em tê-lo como vice do tucano José Serra é legítima. "Imagina amanhã o Serra ser candidato a presidente e o Quércia, como vice, assume o governo e é candidato à reeleição. É esse o problema maior: 2010, quando o PSDB terá de deixar o governo nas mãos do PMDB", afirmou o ex-governador.
"É uma preocupação legítima, não estou desconsiderando. Não é nada contra mim, pessoalmente", completou.
O PMDB decidiu nesta quinta-feira lançar Quércia como candidato ao governo de São Paulo. A decisão ocorreu após Serra informar a Quércia que seu nome foi rejeitado para ser vice de sua chapa.
Com a definição da candidatura do PMDB, o ex-governador espera agora poder organizar a campanha e negociar o vice. Se o partido não definir um nome até sábado, quando acontece a convenção, a decisão será delegada à Executiva da legenda.
Possíveis alianças também serão negociadas, mas Quércia já reconheceu que as discussões estão "comprometidas" devido à falta de tempo. Ao final do prazo para realização das convenções para definir as candidaturas, a maioria dos partidos já concluíram as discussões e definiram por candidatura própria ou os apoios.
O PC do B foi um dos partidos lembrados por Quércia para repetir o apoio dado pelos comunistas aos peemedebistas quando foi eleito governador. Mas já foi descartado. "O PC do B vindo para o nosso lado, embora seja muito honroso para mim, pode dar a conotação de que seria um acerto com o PT para favorecer a candidatura do Mercadante", afirmou Quércia, ao se referir ao senador Aloizio Mercadante, escolhido pelo PT para disputar o governo.
Quércia lembrou que há uma expectativa no PT de que o "Quércia vai nos ajudar". "Mas a recíproca é verdadeira. O ideal, para nós, é estimular o Mercadante para ele nos ajudar a ir para o segundo turno", comentou.
O ex-governador disse ainda que não vai bater em ninguém na campanha e que não pretende confrontar com Mercadante para conquistar o segundo lugar. "Eu não vou dar motivo para me confrontar com ele. Vou pedir votos e apresentar o programa do PMDB. Não sou de briga. Já fui, não sou mais", comentou.
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