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23/06/2006
-
09h34
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha, em Maceió
Após quase dez anos, a morte de Paulo César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, em 23 de junho de 1996, é um caso ainda sem solução. O Ministério Público de Alagoas classificou os assassinatos como crimes de mando, mas não identificou nenhum mandante.
A investigação também não conseguiu descobrir quem disparou contra Suzana e PC Farias --tesoureiro da campanha de Fernando Collor à Presidência, em 1989, e acusado de montar um esquema de corrupção dentro do governo-- nem o motivo por trás das mortes.
"Se nem sequer conseguimos chegar a individualizar o autor material [do crime], imagine o autor intelectual", disse o promotor Luiz Vasconcelos, responsável pelo caso.
Em 1996, PC Farias e Suzana foram encontrados mortos por seguranças, com um tiro cada um, na casa de praia dele, em Guaxuma, litoral norte de Maceió. A tese de que Suzana atirou em PC e depois se matou foi descartada pela polícia e pela Promotoria em 1999. O inquérito concluiu, naquele ano, que os dois foram assassinados.
Quatro policiais militares que trabalhavam como seguranças de PC Farias foram pronunciados pela Justiça, acusados de co-autoria no crime. Eles recorreram da decisão.
Depois de dez anos, os irmãos de PC Farias continuam a defender a tese de que o crime foi passional: Suzana, enciumada por um outro relacionamento de PC, teria matado o namorado e depois atirado contra si.
Os delegados Antônio Carlos Lessa e Alcides Andrade chegaram a incluir o ex-deputado federal Augusto Farias, irmão de PC, na lista dos indiciados por considerar que ele, por meio do jornal da família, defendia a tese de crime passional.
Essa tese, no entanto, nunca foi aceita pela família de Suzana. "A conclusão de que foi um duplo homicídio trouxe um alívio", disse a jornalista Ana Luiza Marcolino, irmã da namorada de PC Farias.
Os filhos dele, Ingrid, 26, e Paulo Augusto, 24, moram em um apartamento em Maceió e, segundo amigos de Ingrid, levam uma vida discreta. A mãe deles, Elma, morreu em 1994. PC deixou para os filhos cerca de R$ 3,9 milhões em bens e uma dívida fiscal reclamada pela Fazenda de R$ 85,2 milhões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre PC Farias
Sem solução, morte de PC Farias faz 10 anos
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da Agência Folha, em Maceió
Após quase dez anos, a morte de Paulo César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino, em 23 de junho de 1996, é um caso ainda sem solução. O Ministério Público de Alagoas classificou os assassinatos como crimes de mando, mas não identificou nenhum mandante.
A investigação também não conseguiu descobrir quem disparou contra Suzana e PC Farias --tesoureiro da campanha de Fernando Collor à Presidência, em 1989, e acusado de montar um esquema de corrupção dentro do governo-- nem o motivo por trás das mortes.
"Se nem sequer conseguimos chegar a individualizar o autor material [do crime], imagine o autor intelectual", disse o promotor Luiz Vasconcelos, responsável pelo caso.
Em 1996, PC Farias e Suzana foram encontrados mortos por seguranças, com um tiro cada um, na casa de praia dele, em Guaxuma, litoral norte de Maceió. A tese de que Suzana atirou em PC e depois se matou foi descartada pela polícia e pela Promotoria em 1999. O inquérito concluiu, naquele ano, que os dois foram assassinados.
Quatro policiais militares que trabalhavam como seguranças de PC Farias foram pronunciados pela Justiça, acusados de co-autoria no crime. Eles recorreram da decisão.
Depois de dez anos, os irmãos de PC Farias continuam a defender a tese de que o crime foi passional: Suzana, enciumada por um outro relacionamento de PC, teria matado o namorado e depois atirado contra si.
Os delegados Antônio Carlos Lessa e Alcides Andrade chegaram a incluir o ex-deputado federal Augusto Farias, irmão de PC, na lista dos indiciados por considerar que ele, por meio do jornal da família, defendia a tese de crime passional.
Essa tese, no entanto, nunca foi aceita pela família de Suzana. "A conclusão de que foi um duplo homicídio trouxe um alívio", disse a jornalista Ana Luiza Marcolino, irmã da namorada de PC Farias.
Os filhos dele, Ingrid, 26, e Paulo Augusto, 24, moram em um apartamento em Maceió e, segundo amigos de Ingrid, levam uma vida discreta. A mãe deles, Elma, morreu em 1994. PC deixou para os filhos cerca de R$ 3,9 milhões em bens e uma dívida fiscal reclamada pela Fazenda de R$ 85,2 milhões.
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