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23/06/2006
-
20h13
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
"O meu desejo é: desde que o Brasil precise de mim, eu estou disponível". Com essa frase dita hoje em Belo Horizonte, o vice-presidente José Alencar (PRB-MG) deixou claro que dará hoje o sim ao presidente Lula e aceitará repetir na eleição deste ano a dobradinha vitoriosa de 2002, sendo o vice da chapa.
Alencar negou diversas vezes ter ficado chateado com o fato de Lula ter sondado outros nomes para vice. Atribuiu esse fato à mídia. E até mudou o tom em relação à economia. Agora, segundo ele, o país está "em condição excepcional de crescimento".
"É como ensina o Eclesiastes: há um tempo para cada coisa. Houve tempo de organizar a casa, agora é tempo de crescer. O governo está consciente de que o Brasil está preparado, como está consciente de que precisa crescer e vai crescer", disse Alencar, até então um dos maiores críticos do baixo crescimento e das altas taxas de juros.
Ele elogiou a política externa, a social e fez comparações de indicadores econômicos do início de 2003 com agora: risco-Brasil menor, relação dívida-PIB (Produto Interno Bruto) de 58% para 50% e dívida desdolarizada. "Isso é uma grande vitória", afirmou.
"Nos comícios do PT sempre se falou o refrão: "Fora daqui, o FMI". Pois bem, o FMI está fora daqui, mas nós não demos prejuízo. Ao contrário, pagamos antecipadamente ao FMI".
Crítica aos juros
Sobre a taxa de juros, Alencar disse: " A taxa básica praticada pelo Banco Central ainda é muito alta em relação às praticadas no mundo inteiro. Porém, é bem inferior àquela que nós recebemos. Quando chegamos, a Selic era de 25% [ao ano]. Hoje é 15,25%, com tendência a cair. E vai chegar a menos do que isso. Isso nos prepara para retomar o crescimento, gerar oportunidade de trabalho e enriquecer o país".
Alencar disse ter recebido hoje ligação de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, para uma conversa com o presidente às 9h de amanhã, no Palácio do Alvorada. De lá, os dois seguirão juntos para a convenção do PT que homologará candidatura.
Por isso, o vice-presidente evitou dizer se aceitará o convite de Lula, manifestado publicamente hoje em Chapecó (SC), onde disse que "em time que está ganhando não se mexe".
Alencar disse que só poderá falar após a convenção do PT e que não fala por hipótese. "Digo o seguinte: se o Brasil achar que eu seja útil e me quiser, e me eleger, disponível eu estou, para trabalhar".
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
"O meu desejo é: desde que o Brasil precise de mim, eu estou disponível". Com essa frase dita hoje em Belo Horizonte, o vice-presidente José Alencar (PRB-MG) deixou claro que dará hoje o sim ao presidente Lula e aceitará repetir na eleição deste ano a dobradinha vitoriosa de 2002, sendo o vice da chapa.
Alencar negou diversas vezes ter ficado chateado com o fato de Lula ter sondado outros nomes para vice. Atribuiu esse fato à mídia. E até mudou o tom em relação à economia. Agora, segundo ele, o país está "em condição excepcional de crescimento".
"É como ensina o Eclesiastes: há um tempo para cada coisa. Houve tempo de organizar a casa, agora é tempo de crescer. O governo está consciente de que o Brasil está preparado, como está consciente de que precisa crescer e vai crescer", disse Alencar, até então um dos maiores críticos do baixo crescimento e das altas taxas de juros.
Ele elogiou a política externa, a social e fez comparações de indicadores econômicos do início de 2003 com agora: risco-Brasil menor, relação dívida-PIB (Produto Interno Bruto) de 58% para 50% e dívida desdolarizada. "Isso é uma grande vitória", afirmou.
"Nos comícios do PT sempre se falou o refrão: "Fora daqui, o FMI". Pois bem, o FMI está fora daqui, mas nós não demos prejuízo. Ao contrário, pagamos antecipadamente ao FMI".
Crítica aos juros
Sobre a taxa de juros, Alencar disse: " A taxa básica praticada pelo Banco Central ainda é muito alta em relação às praticadas no mundo inteiro. Porém, é bem inferior àquela que nós recebemos. Quando chegamos, a Selic era de 25% [ao ano]. Hoje é 15,25%, com tendência a cair. E vai chegar a menos do que isso. Isso nos prepara para retomar o crescimento, gerar oportunidade de trabalho e enriquecer o país".
Alencar disse ter recebido hoje ligação de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, para uma conversa com o presidente às 9h de amanhã, no Palácio do Alvorada. De lá, os dois seguirão juntos para a convenção do PT que homologará candidatura.
Por isso, o vice-presidente evitou dizer se aceitará o convite de Lula, manifestado publicamente hoje em Chapecó (SC), onde disse que "em time que está ganhando não se mexe".
Alencar disse que só poderá falar após a convenção do PT e que não fala por hipótese. "Digo o seguinte: se o Brasil achar que eu seja útil e me quiser, e me eleger, disponível eu estou, para trabalhar".
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