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25/06/2006 - 10h07

Oposição também faz caixa 2, diz Gushiken

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FERNANDA KRAKOVICS
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Ao dizer que o caixa dois é uma prática sistemática na política brasileira, Luiz Gushiken, o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos, afirmou ontem que, no Brasil, a ética mais importante para um governante é cuidar das camadas mais pobres da população.

A declaração foi dada ao chegar à convenção nacional do PT, que contou com a presença de quatro envolvidos diretos na crise política que atinge o governo e o partido desde o ano passado: o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e os deputados Professor Luizinho (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e Ângela Guadagnin (PT-SP).

As grandes ausências foram os ex-ministros José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci (Fazenda), além do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) e do ex-presidente do PT José Genoino. Dirceu teve o mandato de deputado cassado sob a acusação de ser o mentor do esquema do mensalão, já Palocci caiu devido à violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

"A ética mais importante para um governante no Brasil é optar pelo povo que tem mais necessidade. Não há na história um governante que se preocupou tanto com o povo mais pobre deste país. Acho que isso é o mais decisivo da política. O homem sério tem que pensar no povo mais desprotegido", disse Gushiken, que já teve status de ministro (Secom), mas caiu devido ao escândalo.

Para ele, a oposição quer transformar as denúncias em instrumento de luta política. "O sistema de caixa dois, que é a maneira como se financia a política brasileira, não é um sistema aplicado só ao PT, tem sido uma prática no Brasil. Quando a oposição lança dúvidas sobre o sistema de financiamento é preciso que se saiba que eles também são praticantes desse sistema", afirmou Gushiken.

Apesar de dizer que o governo Lula apresentou os melhores resultados no combate à pobreza dos últimos 20 anos e de fazer comparações na área econômica com o governo passado, o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) afirmou que o partido não vai estar de "sapato alto".

Usaram carros oficiais para ir ao evento partidário o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato ao governo de São Paulo, e o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP). Um ônibus e uma Kombi da Presidência foram utilizados para transportar seguranças do presidente Lula.

A loja do PT instalada no local estava vendendo por R$ 15 um kit com blusa, adesivo para o carro e sacola com a frase "Lula é o meu presidente" estampada. O porta-retratos com três fotos "históricas" do presidente Lula custava R$ 10.

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