Publicidade
Publicidade
29/06/2006
-
14h00
REGIANE SOARES
da Folha Online
O depoimento da ex-superintendente do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) Isabel Bordini contradiz o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) no inquérito que investiga supostas irregularidades nos contratos de varrição de rua de Ribeirão Preto. Os documentos foram assinados quando Palocci era prefeito da cidade.
Segundo o delegado seccional Benedito Valencise, a ex-assessora declarou à Justiça de Brasília que todas as decisões importantes eram tomadas com a participação do então prefeito Palocci.
Ao contrário de Isabel, o ex-ministro disse em depoimento que as decisões sobre a forma de pagamento e as ordens de serviço, por exemplo, eram exclusivas da superintendência do Daerp.
A carta precatória com o depoimento de Isabel retornou nesta semana a Ribeirão Preto. "Ela (Isabel) disse que a decisão final era sempre dele (Palocci)", afirmou Valencise, ao comentar as declarações da ex-assessora.
Isabel mora em Brasília com o marido, Donizete Rosa, atual diretor-superintendente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) e ex-secretário de Governo de Ribeirão Preto na gestão de Palocci. Os dois foram indiciados no inquérito que investiga as supostas irregularidades.
Para o delegado que preside as investigações, o depoimento de Isabel demonstra as autorias do crime e "faz eco" a todas as irregularidades que já estão no inquérito. "Ficou claro que os crimes eram praticados pelo grupo", comentou Valencise.
Pelas investigações, Palocci e outros sete suspeitos teriam desviado recursos públicos para repassar à empresa de varrição Leão Leão e ao PT, o que configuraria crime de peculato (quando o funcionário público se apropria de bens ou recursos públicos).
Conclusão do inquérito
O delegado explicou nesta quinta-feira que ainda não sabe se concluirá o inquérito ainda nesta semana, conforme havia previsto. Isto porque três suspeitos de integrar a suposta quadrilha entraram com habeas corpus na Justiça de Ribeirão Preto para que não sejam indiciados. "Agora tenho que aguardar a decisão do Judiciário", justificou.
Os pedidos foram feitos pela defesa dos executivos da Leão Leão, Luiz Cláudio Leão, Fernando Fischer, Marcelo Franzine.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Antonio Palocci
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Depoimento de ex-assessora contradiz Palocci, diz delegado
Publicidade
da Folha Online
O depoimento da ex-superintendente do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) Isabel Bordini contradiz o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) no inquérito que investiga supostas irregularidades nos contratos de varrição de rua de Ribeirão Preto. Os documentos foram assinados quando Palocci era prefeito da cidade.
Segundo o delegado seccional Benedito Valencise, a ex-assessora declarou à Justiça de Brasília que todas as decisões importantes eram tomadas com a participação do então prefeito Palocci.
Ao contrário de Isabel, o ex-ministro disse em depoimento que as decisões sobre a forma de pagamento e as ordens de serviço, por exemplo, eram exclusivas da superintendência do Daerp.
A carta precatória com o depoimento de Isabel retornou nesta semana a Ribeirão Preto. "Ela (Isabel) disse que a decisão final era sempre dele (Palocci)", afirmou Valencise, ao comentar as declarações da ex-assessora.
Isabel mora em Brasília com o marido, Donizete Rosa, atual diretor-superintendente do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) e ex-secretário de Governo de Ribeirão Preto na gestão de Palocci. Os dois foram indiciados no inquérito que investiga as supostas irregularidades.
Para o delegado que preside as investigações, o depoimento de Isabel demonstra as autorias do crime e "faz eco" a todas as irregularidades que já estão no inquérito. "Ficou claro que os crimes eram praticados pelo grupo", comentou Valencise.
Pelas investigações, Palocci e outros sete suspeitos teriam desviado recursos públicos para repassar à empresa de varrição Leão Leão e ao PT, o que configuraria crime de peculato (quando o funcionário público se apropria de bens ou recursos públicos).
Conclusão do inquérito
O delegado explicou nesta quinta-feira que ainda não sabe se concluirá o inquérito ainda nesta semana, conforme havia previsto. Isto porque três suspeitos de integrar a suposta quadrilha entraram com habeas corpus na Justiça de Ribeirão Preto para que não sejam indiciados. "Agora tenho que aguardar a decisão do Judiciário", justificou.
Os pedidos foram feitos pela defesa dos executivos da Leão Leão, Luiz Cláudio Leão, Fernando Fischer, Marcelo Franzine.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice