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02/07/2006
-
09h55
SÉRGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um palanque de verdade e outro de mentira no Rio. O de verdade é o do senador Marcelo Crivella, para quem escreveu uma carta de duas laudas, lida anteontem na convenção do PRB. O de mentira é o de Vladimir Palmeira, candidato de seu partido, o PT.
Principal oponente de Lula na disputa presidencial, o tucano Geraldo Alckmin terá à disposição o palanque dos deputados federais Eduardo Paes, candidato do PSDB, e Denise Frossard, do PPS. Negocia também com o senador Sérgio Cabral Filho (PMDB).
O vice de Lula, José Alencar, foi a estrela da convenção do PRB do Rio. Durante o evento, Alencar citou trechos da carta de Lula em apoio a Crivella.
Nela, Lula diz que tem carinho, respeito e admiração por Crivella. "Ao longo deste tempo em que temos convivido (...) aprendi a respeitá-lo, e verifiquei o quanto tenho podido confiar em seu apoio e em sua atuação solidária." Lula também propôs uma parceria com Crivella. "Poderemos juntos fazer muito mais pelo Estado do Rio de Janeiro, tal como esse povo maravilhoso merece", escreveu o presidente.
A ida de Lula ao Rio para participar de atos com a presença de Crivella ocorrerá quando a campanha começar, disse Alencar. Nas recentes visitas de Lula ao Rio, no mês passado, o senador do PRB o acompanhou nos eventos.
Já a presença de Alckmin no Rio ocorrerá nos palanques de Paes (4% da intenção de votos, segundo o Datafolha) e de Denise Frossard, que teve 10% das intenções de votos pelo último Datafolha. A tendência de Cabral Filho é apoiá-lo, mas ainda não houve acordo.
Já o candidato petista --e "traído"-- ao governo fluminense disse não se importar com o apoio de Lula ao adversário. Palmeira tem 2% das intenções de votos no último Datafolha, contra 18% de Crivella e 35% do líder Cabral Filho. "Não acho nada demais. Desde o início é sabido que Lula teria dois palanques no Rio. Fui consultado. Disse a Lula que não tinha problema algum", afirmou.
Pacto de não-agressão
De olho no segundo turno, os adversários na disputa no Rio articulam um pacto de não-agressão durante a campanha.
Crivella e o líder local do PFL, o prefeito do Rio, Cesar Maia, já estabeleceram uma aliança caso a eleição não seja decidida no primeiro turno. Maia é o ideólogo da coligação firmada em torno da candidatura de Denise Frossard.
Na manhã de sexta-feira, o candidato do PRB recebeu um telefonema do prefeito. De acordo com o senador, Maia prometeu que o PFL e seus aliados (PPS e PV) o apoiarão no caso de um segundo turno contra Cabral Filho, que é apoiado pela governadora Rosinha Matheus por seu marido, Anthony Garotinho. Em contrapartida, Crivella e o PRB apoiarão a deputada se for ela a adversária de Cabral.
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da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um palanque de verdade e outro de mentira no Rio. O de verdade é o do senador Marcelo Crivella, para quem escreveu uma carta de duas laudas, lida anteontem na convenção do PRB. O de mentira é o de Vladimir Palmeira, candidato de seu partido, o PT.
Principal oponente de Lula na disputa presidencial, o tucano Geraldo Alckmin terá à disposição o palanque dos deputados federais Eduardo Paes, candidato do PSDB, e Denise Frossard, do PPS. Negocia também com o senador Sérgio Cabral Filho (PMDB).
O vice de Lula, José Alencar, foi a estrela da convenção do PRB do Rio. Durante o evento, Alencar citou trechos da carta de Lula em apoio a Crivella.
Nela, Lula diz que tem carinho, respeito e admiração por Crivella. "Ao longo deste tempo em que temos convivido (...) aprendi a respeitá-lo, e verifiquei o quanto tenho podido confiar em seu apoio e em sua atuação solidária." Lula também propôs uma parceria com Crivella. "Poderemos juntos fazer muito mais pelo Estado do Rio de Janeiro, tal como esse povo maravilhoso merece", escreveu o presidente.
A ida de Lula ao Rio para participar de atos com a presença de Crivella ocorrerá quando a campanha começar, disse Alencar. Nas recentes visitas de Lula ao Rio, no mês passado, o senador do PRB o acompanhou nos eventos.
Já a presença de Alckmin no Rio ocorrerá nos palanques de Paes (4% da intenção de votos, segundo o Datafolha) e de Denise Frossard, que teve 10% das intenções de votos pelo último Datafolha. A tendência de Cabral Filho é apoiá-lo, mas ainda não houve acordo.
Já o candidato petista --e "traído"-- ao governo fluminense disse não se importar com o apoio de Lula ao adversário. Palmeira tem 2% das intenções de votos no último Datafolha, contra 18% de Crivella e 35% do líder Cabral Filho. "Não acho nada demais. Desde o início é sabido que Lula teria dois palanques no Rio. Fui consultado. Disse a Lula que não tinha problema algum", afirmou.
Pacto de não-agressão
De olho no segundo turno, os adversários na disputa no Rio articulam um pacto de não-agressão durante a campanha.
Crivella e o líder local do PFL, o prefeito do Rio, Cesar Maia, já estabeleceram uma aliança caso a eleição não seja decidida no primeiro turno. Maia é o ideólogo da coligação firmada em torno da candidatura de Denise Frossard.
Na manhã de sexta-feira, o candidato do PRB recebeu um telefonema do prefeito. De acordo com o senador, Maia prometeu que o PFL e seus aliados (PPS e PV) o apoiarão no caso de um segundo turno contra Cabral Filho, que é apoiado pela governadora Rosinha Matheus por seu marido, Anthony Garotinho. Em contrapartida, Crivella e o PRB apoiarão a deputada se for ela a adversária de Cabral.
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