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03/07/2006 - 09h43

Sigilo sobre sanguessugas é difícil, diz presidente de CPI

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ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), quer analisar hoje os 15 inquéritos abertos contra parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal para notificar os indiciados nesta semana para que apresentem defesa por escrito. Eles não deverão ser ouvidos em sessões da comissão.

"A documentação está sendo transferida do Supremo para a comissão sob sigilo. Após recebê-la, vou comunicar à comissão e sugerir que possamos fazer as notificações", disse Biscaia ontem. "A partir de então, será muito difícil manter em sigilo os nomes", completou.

Titular da CPI dos Sanguessugas, a deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) disse concordar com Biscaia: "O presidente tem razão em preservar o sigilo, mas isso [a revelação dos nomes] é questão de dias. Afinal de contas, o foco da CPI são os parlamentares. Temos de prestar contas à sociedade".

Na sexta-feira, o ministro Gilmar Mendes, do STF, atendeu ao pedido da CPI e liberou o acesso à documentação relacionada à quadrilha dos sanguessugas. O material incluiu os 15 inquéritos abertos a pedido do procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, contra parlamentares. Ele já solicitou a abertura de mais 42 inquéritos, totalizando 57 parlamentares investigados.

A documentação já poderia ter sido enviada na sexta à CPI, mas o deputado Biscaia preferiu que isso só ocorresse quando ele estivesse em Brasília. "Estou tomando todos os cuidados. Quando o material chegar, vou colocar tudo dentro de um cofre", declarou ele.

A proposta de notificação dos deputados será feita na reunião de amanhã. Também foram marcados os primeiros depoimentos da CPI. Serão do delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura e do procurador da República no Mato Grosso Mário Lúcio Avelar. Os dois são responsáveis pelas investigações que desvendaram a quadrilha dos sanguessugas.

Por meio de escutas telefônicas, foi descoberto o esquema em que parlamentares apresentavam emendas ao Orçamento para compras irregulares de ambulâncias por prefeituras. As licitações eram fraudadas para que as empresas controladas pela família Trevisan-Vedoin saíssem vitoriosas.

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