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03/07/2006 - 21h02

Pressionado pelo excluído PFL, Aécio pode rever nome para o Senado

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Por pressão do PFL, que ameaçava até deixar a aliança pela reeleição de Aécio Neves (PSDB) ao governo de Minas por não ter sido contemplado na chapa majoritária, o governador de Minas voltou a negociar na noite de hoje com os os partidos aliados sobre o nome que disputará o Senado. Em princípio, o nome do vice escolhido por Aécio, Antônio Augusto Anastasia (PSDB), é intocável.

Havia a expectativa de alguns pefelistas de que Aécio poderia recuar diante da rebeldia do partido e mudar o nome do candidato ao Senado pela aliança, que tem ainda PL, PP e PTB. O nome reivindicado pelo PFL é o do deputado federal Eliseu Resende, presidente regional da sigla.

Ele entraria no lugar de Adriene Andrade (PL), mulher do vice-governador do Estado, Clésio Andrade (PL).

A escolha de Adriene, ex-presidente da Associação Mineira de Municípios, surpreendeu o meio político que cerca o governador e irritou o PFL.

Rompimento de aliança

O presidente nacional do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), convocou uma reunião para hoje em Brasília e foi quem, nos bastidores, mais falou em rompimento da aliança.

O PFL de Minas, por sua vez, estava mais manso. Convocou uma reunião para a manhã de hoje a fim de discutir a candidatura ao Senado de Eliseu Resende. Estava disposto a romper apenas a coligação para o Senado. Mas jogava também com uma eventual ordem de rompimento total vinda da executiva nacional do partido.

As cúpulas do PSDB e do PFL passaram o dia metidos em reuniões e não deram declarações. O deputado federal Nárcio Rodrigues, presidente do PSDB-MG, disse à noite que Aécio conversava com os partidos em relação ao Senado, mas não havia nenhuma decisão sobre troca de nomes, ainda. Isso pode ocorrer hoje. Ele buscava uma solução que atendesse a PFL e PL.

PFL queria vaga

Desde o início da formação da aliança o PFL vinha pleiteando a vaga a vice na chapa de Aécio. Alegou sempre ser o parceiro número um do tucano e por isso lhe caberia a vice. Aécio se esquivou e acabou confirmando o que o próprio PFL já suspeitava: a escolha de Anastasia, um tucano recém-filiado de perfil técnico.

O PFL de Minas até se conformaria em perder a vice se ficasse com o Senado.

Clésio Andrade, expulso do PFL por Bornhausen, também pressionou para continuar como vice. As relações dele com Aécio sempre foram difíceis, mas ainda assim acabou contemplado com a candidatura da sua mulher ao Senado.

Aécio não se mostra disposto a abrir mão de Anastasia, que foi um "supersecretário" na atual gestão. Comandou as áreas de planejamento, administração e segurança pública.

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