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10/07/2006 - 18h58

Oposição cede, mas transfere ônus de vetar aumento da aposentadoria para PT

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O veto do governo ao reajuste de 16,67% para os aposentados fez com que a oposição recuasse na sua estratégia de impor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais um constrangimento de ter que vetar novo aumento.

Em reunião de líderes hoje, o PSDB aceitou perder na votação da medida provisória em discussão na Câmara sobre o assunto, desde que os partidos tenham que manifestar oficialmente suas posições contrária ou a favor do reajuste. Com isso, o desgaste se transfere para o PT e a base aliada.

Nas últimas semanas, a oposição admitia apenas votações nominais, o que obrigava o registro do voto de cada deputado. Em ano eleitoral, os parlamentares da base acabavam votando com a oposição quando o assunto é impopular. Com a votação simbólica, apenas os líderes dos partidos se pronunciam, o que facilita a vitória do governo.

O acordo de hoje, no entanto, não permitiu que a votação acontecesse como programado. Os governistas pediram mais tempo sob o argumento de que é preciso cautela para que os aposentados não percam os 5% de aumento concedido pelo governo caso a oposição vença. Amanhã, uma nova reunião de líderes está programada para as 11h.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Magalhães (BA), admitiu que a saída encontrada tem como objetivo facilitar o destrancamento da pauta. "Concordamos em votar de forma simbólica. Como somos minoria vamos perder, mas queremos que cada um coloque sua posição", afirmou.

Além da MP dos aposentados, outras três e quatro projetos impedem as discussões de outras matérias. O governo, por sua vez, concordou em retirar a urgência constitucional de dois dos projetos. Vai priorizar o que trata de incentivo ao esporte e da aposentadoria rural.

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