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11/07/2006
-
18h38
ANDREZA MATAIS
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois de seis horas de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros deixaram o Palácio do Planalto munidos de dados positivos do governo. Os números comparam a gestão petista com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Guido Mantega (Fazenda) negaram que a reunião teve como objetivo respaldar o discurso dos ministros para que saiam em defesa do presidente na campanha eleitoral, mas confirmaram que o material apresentado não pode ser divulgado porque tinha comparações com gestões passadas, o que é proibido pela Justiça Eleitoral.
"Qualquer governo pode fazer uma avaliação positiva de si mesmo sem nenhum problema. Se a oposição fizer isso [acusar a reunião de eleitoreira] estará fazendo um argumento eleitoral contra uma atividade de governo. Me desculpem, mas o governo governará até o dia 31 de dezembro", disse a ministra.
A reunião ministerial de hoje foi a primeira do governo neste ano. A ministra disse que o fato de o encontro ter ocorrido a dois meses e meio das eleições não tem relação com a campanha. E insistiu: "Foi uma reunião de administração do governo, de comunicação sobre o que está sendo feito".
Ela reiterou que o governo não precisa fazer uma reunião para abastecer os ministros de dados que "eles mesmos produzem". A ministra disse que vai participar da campanha "se for convidada" porque não é uma "extraterrestre", mas uma "cidadã" e tem direito a subir em palanques. Mantega afirmou que ainda não sabe se irá participar da campanha de Lula à reeleição.
O encontro começou com uma exposição do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) sobre os limites da lei eleitoral. O ministro orientou os colegas a tomar cuidado com as regras para evitar questionamento da oposição no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A avaliação no governo é que o tribunal tem sido rígido na interpretação da lei, mesmo que elas não sejam tão duras.
A orientação é para que os ministros não façam comparações do governo Lula com o passado, mas com períodos. Os eventos políticos também estão proibidos durante o expediente. Somente depois do horário de trabalho.
A ministra Dilma Rousseff justificou que a participação de Bastos não representou um terço da reunião, por isso o encontro não pode ser caracterizado como eleitoral. O restante do tempo foi usado pelo ministro da Fazenda e por ela.
O presidente Lula fez intervenções durante toda a reunião, mas não discursou. No final ele teria reiterado o pedido para que os ministros não deixem de trabalhar em função do clima de final de governo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Ministros negam que reunião com Lula tenha sido eleitoreira
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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois de seis horas de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros deixaram o Palácio do Planalto munidos de dados positivos do governo. Os números comparam a gestão petista com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Guido Mantega (Fazenda) negaram que a reunião teve como objetivo respaldar o discurso dos ministros para que saiam em defesa do presidente na campanha eleitoral, mas confirmaram que o material apresentado não pode ser divulgado porque tinha comparações com gestões passadas, o que é proibido pela Justiça Eleitoral.
"Qualquer governo pode fazer uma avaliação positiva de si mesmo sem nenhum problema. Se a oposição fizer isso [acusar a reunião de eleitoreira] estará fazendo um argumento eleitoral contra uma atividade de governo. Me desculpem, mas o governo governará até o dia 31 de dezembro", disse a ministra.
A reunião ministerial de hoje foi a primeira do governo neste ano. A ministra disse que o fato de o encontro ter ocorrido a dois meses e meio das eleições não tem relação com a campanha. E insistiu: "Foi uma reunião de administração do governo, de comunicação sobre o que está sendo feito".
Ela reiterou que o governo não precisa fazer uma reunião para abastecer os ministros de dados que "eles mesmos produzem". A ministra disse que vai participar da campanha "se for convidada" porque não é uma "extraterrestre", mas uma "cidadã" e tem direito a subir em palanques. Mantega afirmou que ainda não sabe se irá participar da campanha de Lula à reeleição.
O encontro começou com uma exposição do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) sobre os limites da lei eleitoral. O ministro orientou os colegas a tomar cuidado com as regras para evitar questionamento da oposição no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A avaliação no governo é que o tribunal tem sido rígido na interpretação da lei, mesmo que elas não sejam tão duras.
A orientação é para que os ministros não façam comparações do governo Lula com o passado, mas com períodos. Os eventos políticos também estão proibidos durante o expediente. Somente depois do horário de trabalho.
A ministra Dilma Rousseff justificou que a participação de Bastos não representou um terço da reunião, por isso o encontro não pode ser caracterizado como eleitoral. O restante do tempo foi usado pelo ministro da Fazenda e por ela.
O presidente Lula fez intervenções durante toda a reunião, mas não discursou. No final ele teria reiterado o pedido para que os ministros não deixem de trabalhar em função do clima de final de governo.
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