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13/07/2006 - 09h36

Quércia e Mercadante defendem saída de secretário de segurança de SP

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da Folha de S.Paulo

Dois dos principais candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB), defendem a demissão do secretário da Segurança de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho.

Os dois responderam a um questionário enviado por escrito pela Folha sobre a crise na segurança e a demissão de Saulo era tema de uma das cinco perguntas. O candidato do PSDB, José Serra, não se pronunciou sobre Saulo.

Ele enviou uma declaração por escrito ao jornal, desconsiderando a estrutura de perguntas e respostas. Seu texto abordava apenas três das questões.

Questionado se demitiria o secretário, Mercadante foi irônico e disse que não. "Eu jamais o teria nomeado."

Quércia, por sua vez, para justificar a demissão, lembrou as divergências entre Saulo e o ex-secretário da Administração Penitenciária Nagashi Furukawa. "[Saulo] é o responsável maior pela desmoralização da autoridade pública", disse.

Os dois candidatos também criticaram a política de segurança e a forma como os presos de Araraquara foram tratados. Com as celas destruídas pelas rebeliões, os detentos foram confinados num pátio.

Já Serra, dizendo considerar "lamentável sob todos os pontos de vista" a situação em Araraquara, afirmou que, "se o governo federal tivesse feito os presídios que prometeu, teria havido lugar para enviar os presos".

Sobre uma eventual ajuda do governo federal, Mercadante disse que a aceitaria. "Em momentos como esse, é preciso parceria, uma atitude republicana." Quércia disse admitir que, "em casos especiais", o governador aceite a oferta de ajuda do governo federal.

Serra disse que, "se fosse para valer", a ajuda seria bem-vinda. Mas alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Cheira mais a oportunismo e demagogia eleitoral do Lula. Quer ajudar? Libere o dinheiro cortado."

O petista e o peemedebista também cobraram maior transparência do governo na divulgação de dados sobre os mortos pela polícia após os primeiros ataques do PCC.

Demagogia

Serra disse, em evento em Osasco, que o governo do presidente Lula se vale da "demagogia" e do "trololó" para não resolver o problema da segurança. O tucano também afirmou que o governo Lula corta "sistematicamente" verbas da área.

Serra delimitou o que seriam as responsabilidades do governo federal. Elencou o combate ao contrabando de armas e de drogas e a construção de mais presídios como prioridades.

"Esse combate ao contrabando de drogas e de armas atacaria a base do crime organizado. Mas a atual gestão não faz isso. Prefere a demagogia e o trololó."

Serra procurou não responsabilizar o governo do Estado pela crise na segurança. Questionado sobre o que faltaria na segurança estadual, disse que ainda é preciso integrar os serviços de investigação.

"Acho que esse trabalho todo [da polícia] pode render mais ao longo do tempo se nós nos aprofundarmos na área da inteligência", afirmou o tucano.

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