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13/07/2006 - 14h19

Crise na segurança gera troca de farpas entre PT e oposição

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da Folha Online

O PT rebateu hoje a declaração do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que sugeriu a existência de um suposto elo entre os petistas e a facção criminosa PCC. O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que em nota que a declaração de Bornhausen foi oportunista.

"Lamento que um senador da República aja de forma tão irresponsável e golpista, usando do oportunismo em um assunto de tamanha gravidade como a crise e a violência que se alastra no Estado de São Paulo", diz a nota assinada por Berzoini.

O presidente do PT afirma ainda que Bornhausen foi leviano ao "relacionar a imagem de um partido democrático e comprometido com a luta do povo brasileiro com a de uma organização criminosa que preocupa toda a população do Estado".

"O PT rechaça essa declaração e se solidariza com o povo paulista, que sofre hoje com a falta de gestão do Sistema Carcerário e da Segurança Pública de São Paulo".

Reportagem publicada na edição desta quinta-feira pela Folha de S.Paulo mostra que Bornhausen lançou ontem a suspeita de envolvimento do PT nas ações comandadas pelo PCC contra policiais civis, prédios e veículos em São Paulo. "O PT pode estar manuseando, manipulando essas ações."

As declarações de Bornhausen provocaram a reação de petistas e integrantes da base aliada. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse que o presidente do PFL quer faturar em cima da crise da segurança pública de São Paulo. "Eu acho que são declarações que não merecem resposta, porque são de um quilate tão rebaixado, de uma postura tão autoritária e tão caluniosa."

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que qualquer eventual elo entre a criminalidade e a política não envolve o PT e sim o PFL. "Se há ligação dos responsáveis pelo volume de criminalidade no Brasil, ela é de pessoas que até hoje foram responsáveis inúmeras vezes nos últimos anos, inclusive o PFL, pelos governos que não conseguiram construir uma situação de tranqüilidade no Brasil."

O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), por sua vez, criticou o uso político da onda de violência em São Paulo. Sem citar o presidente do PFL, Aldo disse que "acusar A ou B não vai resolver o problema".

"Quem buscar dividendos disso [da crise] não vai colher nem segurança nem votos. Não é com acusações de um partido contra o outro que o problema vai ser resolvido", ponderou.

Já o candidato do PT ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante, responsabilizou a gestão tucana pela crise na segurança pública do Estado. Segundo ele, a onda de violência que voltou a atingir o Estado é resultado da política equivocada adotada nos últimos 12 anos --numa referência aos governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin.

"Isso é resultado de 12 anos de equívocos e portanto não há resposta imediata", disse Mercadante, que participa hoje de uma missa em memória dos agentes penitenciários assassinados.

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