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14/07/2006
-
20h24
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O comentário feito pelo presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, de que desconfia de uma relação entre o PT e os atos do PCC, foi classificado hoje pelo ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) como "asquerosa" e como possível "estratégia" eleitoral.
A estratégia, segundo Tarso, é a de o PFL se expor em um discurso agressivo, e o PSDB, que tem no ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin o cabeça-de-chapa da dobradinha com os pefelistas para a Presidência, poupar sua imagem de tais gestos.
É uma incursão muito perigosa que a direita mais arrojada, mais ofensiva, mais reacionária faz sobre o processo eleitoral", disse Tarso.
"Na minha opinião, isso não corresponde, inclusive, à visão da totalidade da oposição. O que me preocupa efetivamente não é a denúncia, porque a denúncia cai no vazio. A denúncia é tão gritantemente absurda e tão profundamente asquerosa, que não será levada adiante pela sociedade brasileira", continuou o petista.
"O que me preocupa é se isso é uma estratégia da oposição. Ou seja, se alguns ensinam a fazer renda e outros ensinam a namorar, se tem uma divisão de trabalho que possa ser, em última análise, um acordo interno da oposição para deturpar, radicalizar e deslegitimar o processo eleitoral", disse Tarso.
De acordo com Tarso, o governo federal quer "ajudar São Paulo, ajudar o governador [Cláudio] Lembo [PFL] a superar esta crise, estabilizar o Estado. Depois, podemos discutir responsabilidades. Mas não é correto, dos pontos de vista cívico e moral, é indigno querer explorar uma situação de desespero do povo paulista com foros eleitorais como fez o senador Bornhausen".
"Espero que ele não represente a oposição. Que [a declaração de Bornhausen] seja apenas uma espécie de lamúria saudosista do direitismo que ele representou na época do regime militar", acrescentou o ministro.
Questionado a respeito, Tarso disse que ''o governo não está pensando em intervenção e acha que não é caso de intervenção".
"Seria um desrespeito ao povo paulista que elegeu um governador, o senhor Alckmin, e um vice-governador, o senhor Lembo, e que esta crise não esgotou a sua legitimidade. Então, o governo não está pensando em intervenção", afirmou.
"Tudo o que pode ser feito em São Paulo só pode ser feito com solicitação do governador, e não podemos fazer nada que o governador não peça."
Dizendo ser uma crítica "a um sistema todo", e não ao próprio governo federal ou à administração paulista, Tarso definiu o caso da segurança pública em São Paulo como "emblemático" por provar que "não temos uma política de segurança pública no país".
Tarso defendeu um "pacto federativo de segurança pública mais aperfeiçoado" envolvendo o governo federal e os Estados.
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Ligar PT a PCC é "estratégia asquerosa" da oposição, diz Tarso
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O comentário feito pelo presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen, de que desconfia de uma relação entre o PT e os atos do PCC, foi classificado hoje pelo ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) como "asquerosa" e como possível "estratégia" eleitoral.
A estratégia, segundo Tarso, é a de o PFL se expor em um discurso agressivo, e o PSDB, que tem no ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin o cabeça-de-chapa da dobradinha com os pefelistas para a Presidência, poupar sua imagem de tais gestos.
É uma incursão muito perigosa que a direita mais arrojada, mais ofensiva, mais reacionária faz sobre o processo eleitoral", disse Tarso.
"Na minha opinião, isso não corresponde, inclusive, à visão da totalidade da oposição. O que me preocupa efetivamente não é a denúncia, porque a denúncia cai no vazio. A denúncia é tão gritantemente absurda e tão profundamente asquerosa, que não será levada adiante pela sociedade brasileira", continuou o petista.
"O que me preocupa é se isso é uma estratégia da oposição. Ou seja, se alguns ensinam a fazer renda e outros ensinam a namorar, se tem uma divisão de trabalho que possa ser, em última análise, um acordo interno da oposição para deturpar, radicalizar e deslegitimar o processo eleitoral", disse Tarso.
De acordo com Tarso, o governo federal quer "ajudar São Paulo, ajudar o governador [Cláudio] Lembo [PFL] a superar esta crise, estabilizar o Estado. Depois, podemos discutir responsabilidades. Mas não é correto, dos pontos de vista cívico e moral, é indigno querer explorar uma situação de desespero do povo paulista com foros eleitorais como fez o senador Bornhausen".
"Espero que ele não represente a oposição. Que [a declaração de Bornhausen] seja apenas uma espécie de lamúria saudosista do direitismo que ele representou na época do regime militar", acrescentou o ministro.
Questionado a respeito, Tarso disse que ''o governo não está pensando em intervenção e acha que não é caso de intervenção".
"Seria um desrespeito ao povo paulista que elegeu um governador, o senhor Alckmin, e um vice-governador, o senhor Lembo, e que esta crise não esgotou a sua legitimidade. Então, o governo não está pensando em intervenção", afirmou.
"Tudo o que pode ser feito em São Paulo só pode ser feito com solicitação do governador, e não podemos fazer nada que o governador não peça."
Dizendo ser uma crítica "a um sistema todo", e não ao próprio governo federal ou à administração paulista, Tarso definiu o caso da segurança pública em São Paulo como "emblemático" por provar que "não temos uma política de segurança pública no país".
Tarso defendeu um "pacto federativo de segurança pública mais aperfeiçoado" envolvendo o governo federal e os Estados.
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