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16/07/2006 - 10h40

Testemunha de caso Celso Daniel muda versão e acusa ex-segurança

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LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo

Quatro anos após o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), a Promotoria Criminal apresentou nesta semana à Justiça um novo depoimento de uma moradora que diz ter acompanhado, pela janela de casa, o seqüestro do petista. R.P.C., 53, disse que, por volta das 23h do dia 18 de janeiro de 2002, viu o ex-segurança de Daniel, o empresário Sérgio Gomes da Silva, ao lado dos criminosos, falando ao celular e segurando um revólver.

A funcionária pública morava em frente ao local em que Daniel foi seqüestrado, na rua Antonio Bezerra, conhecida como Três Tombos (na zona sul de SP). "Ele [Gomes da Silva] não parecia ser vítima", disse R., que quer nome sob sigilo.

O depoimento, prestado no dia 11 aos promotores criminais de Santo André, é controverso.

Há quatro anos, ao ser ouvida pela polícia, ela narrou a mesma dinâmica do crime, mas não citou em Gomes da Silva. Disse que não foi perguntada sobre a conduta do empresário e que, no mesmo dia do depoimento, ele também estava na delegacia, o que a teria intimidado.

À Promotoria R. afirmou que, ao ver Gomes da Silva naquele dia, não teve dúvidas de que era o homem que estava com os criminosos.

R. criticou a reconstituição do crime feita pela Polícia Civil em 23 de janeiro de 2002 --o corpo de Daniel foi encontrado dois dias depois do seqüestro.

"A posição do carro de Sérgio era equivocada e sua conduta, bem outra. Sérgio não permaneceu no interior do carro. Tenho certeza de que estava do lado de fora do veículo com a arma de fogo e o celular nas mãos", afirmou R., que acompanhou a reconstituição.

Segundo ela, Gomes da Silva andava de um lado ao outro, falando ao celular e segurava uma arma. Outros homens estavam em volta de um jipe preto. Um deles se debruçava na janela do passageiro, o que a fez pensar que havia alguém no carro.

A cena descrita por R. diverge da versão do ex-segurança. Ele disse que permaneceu no carro com Daniel, segurando o braço do petista para evitar que ele fosse levado. Só teria deixado o jipe após Daniel ter sido levado, quando teria pegado a arma e saído do jipe com o celular, para chamar a polícia. A funcionária afirmou que não viu quando Daniel foi tirado do carro.

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