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18/07/2006 - 09h52

Serra recua e nega ter associado PT ao PCC

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da Folha de S.Paulo

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, recuou ontem e disse que não associou o PT aos atentados promovidos pelo PCC no Estado. Na quinta-feira passada, ao ser questionado se concordava com as insinuações do presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), de que há um elo entre a facção criminosa PCC e o PT, o tucano afirmou:

"Basta você olhar os manifestos do crime organizado, o que eles dizem sobre a política, coisas que se diz que eles [criminosos] dizem, inclusive nas gravações. É fato que uma das cooperativas de perueiros em São Paulo é ligada ao ex-secretário de transportes de São Paulo [Jilmar Tatto, durante a administração de Marta Suplicy]. Chegou-se, inclusive, a ser pedida a prisão dele. Há ligações notórias com esse pessoal".

Ontem, Serra negou que tivesse relacionado o PT ao crime organizado. "Eu não disse que era o PT. Eu só disse que achava estranho o que estava acontecendo", afirmou. O tucano também disse que a troca de ataques não era a melhor maneira de lidar com o problema. "Não se pode fazer disso [a crise de segurança] um jogo eleitoral. Mas quem começou esse jogo foram eles [o PT]."

Em campanha em Franco da Rocha e Francisco Morato (Grande SP), Serra destoou do tom do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, que na semana passada disse que o Planalto discrimina Estados que não fazem parte de sua base aliada na liberação de recursos. "Ele acha que o dinheiro é do PT. É uma confusão entre partido e governo. Quem não é de seu grupo ele persegue", disse Alckmin, na sexta.

Questionado se o atraso de obras de infra-estrutura no Estado era culpa do governo federal, Serra afirmou que o envio de recursos depende do projeto e que, enquanto foi prefeito de São Paulo, não sofreu perseguição política do Planalto.

Mercadante

O candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, disse que não fará acordo com o PSDB para arrefecer o tom das críticas à segurança pública. "O único acordo que vai tirar esse tema da minha pauta é no dia em que a população paulista estiver vivendo numa cultura de paz", afirmou.

Mercadante incluiu no seu discurso a possibilidade de acabar com o CDHU. A justificativa seria o custo operacional, cerca de R$ 200 milhões, frente ao investimento anual de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões --números dos empresários do setor. A idéia seria a criação de uma agência de financiamento de moradias. "Vamos continuar discutindo, mas tem que criar um novo instrumento ou passar por uma reestruturação profunda", afirmou.

A assessoria da CDHU informou que não havia ninguém ontem para falar com a reportagem, mas que o custeio previsto para este ano é R$ 167 milhões, num orçamento de R$ 998 milhões. A companhia não deu detalhes dos números.

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