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18/07/2006 - 18h05

STF mantém sigilo dos processos, mas aceita divulgação dos sanguessugas

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A CPI dos Sanguessugas decidiu divulgar os nomes dos 56 deputados e um senador que estão sendo investigados pela suposta participação na máfia das ambulâncias mesmo sem autorização do STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro relator do caso, Gilmar Mendes, não permitiu a quebra dos sigilos, mas indicou que os nomes poderiam ser divulgados porque a CPI não trabalha apenas com dados do tribunal.

Segundo o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), "o ministro decidiu manter o sigilo, mas para os inquéritos aforados pela Justiça Federal". Os processos não poderão ser divulgados.

"Como estamos tendo acesso às informações que não são exclusivas do STF, mas também da Polícia Federal, do juiz da segunda vara de Cuiabá e da Corregedoria da Câmara, a CPI, dentro de suas prerrogativas, já tem suas convicções sobre os investigados e o ministro considera razoável que se possa dizer os nomes dos investigados", afirmou Biscaia.

Todos os nomes dos 57 parlamentares divulgados hoje estão sendo investigados pelo STF. Biscaia disse que outros ainda podem ser agregados. É o caso dos senadores Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES), que foram citados por integrantes da máfia das sanguessugas, mas não aparecem neste primeiro grupo --que inclui os parlamentares que o Ministério Público Federal considerou que merecem o aprofundamento das investigações.

"A lista de hoje não significa que todos estão comprometidos. O relatório final, que será divulgado em 30 dias, apontará definitivamente os que a nosso juízo são os responsáveis. O número poderá ser maior, igual ou menor do que 57", ponderou.

Biscaia informou que a CPI cancelou o depoimento de Luiz Antonio Trevisan Vedoin, sócio da Planam, considerado um dos cabeças da quadrilha. Ele seria ouvido na próxima terça-feira, mas a comissão avaliou ser desnecessário um novo depoimento. Vedoin já falou há Justiça de Mato Grosso por nove dias consecutivos. A CPI teve acesso a cópia do depoimento.

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