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19/07/2006
-
11h03
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O PSDB e o PFL tentaram vincular hoje o esquema dos sanguessugas ao governo federal. Na lista divulgada ontem de 57 supostos envolvidos com a máfia das ambulâncias aparecem três parlamentares do PSDB e quatro do PFL. Nenhum parlamentar do PT é citado no esquema.
Mesmo assim, a oposição argumenta que nenhum esquema de corrupção do Legislativo pode ocorrer sem a ajuda do Executivo.
"O PT está no Poder Executivo. Não se pode realizar uma operação desse tamanho sem o Executivo", disse o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL).
Sem mencionar nomes, ele afirmou que ficou "chocado" porque a CPI ainda não convocou um membro do PT para depor. Esse petista, segundo Maia, seria responsável pela conexão entre o ex-ministro da Saúde Humberto Costa e a Planam --empresa envolvida com a máfia das ambulâncias. O nome desse petista, de acordo com Maia, foi revelado pelo empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin em depoimento para a Justiça do Mato Grosso.
Mensaleiros x sanguessugas
A oposição sinalizou que não aceitará a utilização da lista dos sanguessugas para atacar a ética do PSDB e PFL. O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o PT não poderá generalizar as críticas à ética, pois a resposta que a oposição dará às denúncias de corrupção será bem diferente daquela dada pelo PT no caso do "mensalão". O PSDB, por exemplo, anunciou ontem que irá expulsar os envolvidos no esquema das ambulâncias.
"Não vamos fingir que não vimos. O PSDB não vai permitir mensaleiros, sanguessugas. Os que tiverem envolvimento comprovado, serão expulsos do partido", afirmou Tasso.
No entanto, o tucano disse que o PT também será atingido pelo esquema, pois a maior parte dos partidos citados na lista de sanguessugas pertence à base aliada.
"Nenhuma operação é feita sem a participação do Executivo. O PT está envolvido até a tampa porque a maioria pertence à base aliada", afirmou ele.
O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), afirma que coincidentemente 75% dos citados na lista são da base aliada. "O PT não tem autoridade moral para usar lista nenhuma, pois é o partido do mensalão e não vai conseguir se isentar dessa pecha."
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Oposição quer envolver PT com a máfia das ambulâncias
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da Folha Online, em Brasília
O PSDB e o PFL tentaram vincular hoje o esquema dos sanguessugas ao governo federal. Na lista divulgada ontem de 57 supostos envolvidos com a máfia das ambulâncias aparecem três parlamentares do PSDB e quatro do PFL. Nenhum parlamentar do PT é citado no esquema.
Mesmo assim, a oposição argumenta que nenhum esquema de corrupção do Legislativo pode ocorrer sem a ajuda do Executivo.
"O PT está no Poder Executivo. Não se pode realizar uma operação desse tamanho sem o Executivo", disse o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL).
Sem mencionar nomes, ele afirmou que ficou "chocado" porque a CPI ainda não convocou um membro do PT para depor. Esse petista, segundo Maia, seria responsável pela conexão entre o ex-ministro da Saúde Humberto Costa e a Planam --empresa envolvida com a máfia das ambulâncias. O nome desse petista, de acordo com Maia, foi revelado pelo empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin em depoimento para a Justiça do Mato Grosso.
Mensaleiros x sanguessugas
A oposição sinalizou que não aceitará a utilização da lista dos sanguessugas para atacar a ética do PSDB e PFL. O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o PT não poderá generalizar as críticas à ética, pois a resposta que a oposição dará às denúncias de corrupção será bem diferente daquela dada pelo PT no caso do "mensalão". O PSDB, por exemplo, anunciou ontem que irá expulsar os envolvidos no esquema das ambulâncias.
"Não vamos fingir que não vimos. O PSDB não vai permitir mensaleiros, sanguessugas. Os que tiverem envolvimento comprovado, serão expulsos do partido", afirmou Tasso.
No entanto, o tucano disse que o PT também será atingido pelo esquema, pois a maior parte dos partidos citados na lista de sanguessugas pertence à base aliada.
"Nenhuma operação é feita sem a participação do Executivo. O PT está envolvido até a tampa porque a maioria pertence à base aliada", afirmou ele.
O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), afirma que coincidentemente 75% dos citados na lista são da base aliada. "O PT não tem autoridade moral para usar lista nenhuma, pois é o partido do mensalão e não vai conseguir se isentar dessa pecha."
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