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26/07/2006 - 11h06

Líder do MLST diz que vai fazer campanha por Lula e quer voltar ao PT

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

O coordenador nacional do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), Bruno Maranhão, disse ontem em Recife (PE) que vai fazer campanha para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que pretende se reintegrar à executiva nacional do PT, onde ocupava o cargo de secretário de mobilização popular até ser afastado devido à invasão e depredação da Câmara, ocorridas durante manifestação dos sem-terra.

Para isso, Maranhão disse que vai pedir ao PT que o convoque com urgência para depor à comissão de ética do partido, onde pretende esclarecer o que chamou de "grande injustiça".

O líder sem-terra, que permaneceu preso por 38 dias, reafirmou ser inocente e acusou os opositores do governo de tentar responsabilizá-lo pelo vandalismo. "Jamais a direita vai me usar", declarou. Segundo ele, apenas 15 integrantes do MLST participaram da depredação.

Maranhão disse ainda que vai pedir ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-AL), que se "retrate publicamente" de afirmações contidas no artigo assinado por ele, publicado na Folha no dia 8 de junho, dois dias após o quebra-quebra.

No texto, intitulado "Reagi em respeito do povo", o deputado opina sobre a manifestação do MLST e explica as medidas que tomou em relação à invasão e à depredação. Para o Maranhão, Rebelo "mentiu" e "cedeu às pressões" da oposição.

O líder sem-terra contestou, entre outras coisas, a afirmação do parlamentar de que a "Polícia Legislativa da Câmara teve um comportamento sem reparos nesse episódio" e que de não houve violência dos agentes.

"Fui preso fora da Casa, na rua, levado para uma sala na Câmara, onde levei um tapão na orelha, já algemado", afirmou. "Aldo estava baratinado, não teve estatura política para segurar uma bronca como essa." A assessoria da presidência da Câmara informou que Rebelo não se manifestaria sobre as declarações.

Na entrevista, concedida em seu apartamento, Maranhão anunciou também que a cúpula do MLST se reunirá na primeira quinzena de agosto, em Salvador (BA), para avaliar a situação do movimento, a conjuntura política e agrária do país e se posicionar sobre a eleição.

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