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28/07/2006 - 18h29

Congresso tenta retomar votações na próxima semana

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Depois de 21 dias de recesso branco, deputados e senadores voltam ao trabalho na próxima semana para três dias de esforço concentrado. No retorno, os parlamentares irão se deparar com temas espinhosos como o reajuste para os aposentados e pensionistas do INSS e o pedido de cassação do deputado José Janene (PP-PR), último envolvido com o escândalo do mensalão que ainda não foi julgado.

A Corregedoria da Câmara também deve se manifestar se aceita o pedido do PPS, PSOL e PV para investigar os deputados Nilton Capixaba (PTB-RO) e João Caldas (PL-AL), supostamente envolvidos com o esquema dos sanguessugas. Os dois ocupam respectivamente a segunda e quarta secretarias da Câmara.

Os pedidos foram encaminhados pelos partidos diretamente para o Conselho de Ética, mas como não continham as assinaturas dos presidentes das três siglas, o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), considerou que a representação tem que passar pela Corregedoria antes de seguir para o Conselho. A expectativa é que o corregedor, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), se pronuncie na próxima semana sobre o caso.

Votações

Para garantir quórum, o líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), encaminhou telegramas para todos os deputados da base aliada para que estejam em Brasília de terça à quinta-feira da próxima semana.

O deputado disse que a ordem do governo é votar as MPs, inclusive a que trata do reajuste dos aposentados mesmo com o risco de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser derrotado. "O governo quer votar independente se vai ganhar ou perder. Precisamos vencer essas MPs para poder aprovar projetos relevantes", justificou.

A MP prevê um aumento de 5% para os aposentados do INSS que ganham acima de um salário mínimo. A oposição apresentou emendas para elevar o percentual para 16,67%. Numa primeira tentativa de elevar o reajuste --via MP do salário mínimo-- a oposição saiu vitoriosa levando Lula ao desgaste de ter que vetar o valor maior a poucos meses das eleições.

O líder do governo disse que se insistir no aumento, a oposição pode fazer com que os aposentados percam o reajuste de 5%. A MP vence no dia dez de julho. Se não for votada até lá, o texto caduca e o reajuste fica em apenas 3,21%.

"A Câmara é lugar de gente grande. Todo mundo sabe o que está em jogo. A brincadeira já foi feita, mas agora a responsabilidade é maior", advertiu.

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