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08/08/2006
-
20h26
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Depois de ser avisado pelo presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que poderia perder o benefício da delação premiada, o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin procurou novamente a comissão para esclarecer pontos do seu depoimento prestado pela manhã à comissão. Segundo Biscaia, Vedoin se mostrou preocupado em voltar para a cadeia.
"Eu o adverti de que conversei com o juiz e que ele disse que se nos seus depoimentos iniciarem declarações para favorecer alguns dos parlamentares, isso pode significar a perda do benefício da delação premiada. Ele, a partir dali, mudou seu comportamento e tudo foi esclarecido", disse Biscaia.
Depois do novo depoimento à comissão, Vedoin comentou: "Estou com medo de ser preso novamente. Dá para ligar para o juiz?", perguntou ao presidente da CPI.
Pela manhã, Vedoin teria tentado absolver oito parlamentares que tinham sido incriminados por ele próprio no depoimento que prestou à Justiça de Mato Grosso. Integrantes da CPI chegaram a suspeitar que ele teria feito um acordo com esses parlamentares.
O presidente da CPI explicou que se o acordo da delação premiada fosse rompido, Vedoin poderia voltar imediatamente para a prisão. A medida implica em redução de pena ou até mesmo perdão judicial.
Vedoin passou 80 dias preso acusado de ser um dos operadores do esquema de venda superfaturada de ambulâncias e deixou a cadeia depois que decidiu colaborar com as investigações.
Ameaças
O empresário revelou hoje ao presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que se sentiu "coagido" e pediu proteção da comissão para circular em Brasília. Vedoin pretendia permanecer até sexta-feira em Brasília, mas foi advertido pelo próprio Biscaia de que ele corria riscos. "Ele é um verdadeiro arquivo vivo", disse.
"Estou amedrontado! Quero ir embora para o aeroporto", disse Vedoin no final do segundo depoimento que terminou agora à noite. Ele disse que foi abordado no flat em que está hospedado em Brasília por parlamentares envolvidos com as denúncias. "Era ruim de duas formas. Ele poderia estar sendo intimidado ou fazendo um acordo para livrar o cara", disse Biscaia.
Votação
O presidente da CPI disse que a votação do relatório final está mantida para quinta-feira, mas advertiu que se não houver clima para a discussão, marcará nova reunião para votar o texto na terça-feira.
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Vedoin "esclarece" pontos do depoimento e mantém delação premiada
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da Folha Online, em Brasília
Depois de ser avisado pelo presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que poderia perder o benefício da delação premiada, o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin procurou novamente a comissão para esclarecer pontos do seu depoimento prestado pela manhã à comissão. Segundo Biscaia, Vedoin se mostrou preocupado em voltar para a cadeia.
"Eu o adverti de que conversei com o juiz e que ele disse que se nos seus depoimentos iniciarem declarações para favorecer alguns dos parlamentares, isso pode significar a perda do benefício da delação premiada. Ele, a partir dali, mudou seu comportamento e tudo foi esclarecido", disse Biscaia.
Depois do novo depoimento à comissão, Vedoin comentou: "Estou com medo de ser preso novamente. Dá para ligar para o juiz?", perguntou ao presidente da CPI.
Pela manhã, Vedoin teria tentado absolver oito parlamentares que tinham sido incriminados por ele próprio no depoimento que prestou à Justiça de Mato Grosso. Integrantes da CPI chegaram a suspeitar que ele teria feito um acordo com esses parlamentares.
O presidente da CPI explicou que se o acordo da delação premiada fosse rompido, Vedoin poderia voltar imediatamente para a prisão. A medida implica em redução de pena ou até mesmo perdão judicial.
Vedoin passou 80 dias preso acusado de ser um dos operadores do esquema de venda superfaturada de ambulâncias e deixou a cadeia depois que decidiu colaborar com as investigações.
Ameaças
O empresário revelou hoje ao presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que se sentiu "coagido" e pediu proteção da comissão para circular em Brasília. Vedoin pretendia permanecer até sexta-feira em Brasília, mas foi advertido pelo próprio Biscaia de que ele corria riscos. "Ele é um verdadeiro arquivo vivo", disse.
"Estou amedrontado! Quero ir embora para o aeroporto", disse Vedoin no final do segundo depoimento que terminou agora à noite. Ele disse que foi abordado no flat em que está hospedado em Brasília por parlamentares envolvidos com as denúncias. "Era ruim de duas formas. Ele poderia estar sendo intimidado ou fazendo um acordo para livrar o cara", disse Biscaia.
Votação
O presidente da CPI disse que a votação do relatório final está mantida para quinta-feira, mas advertiu que se não houver clima para a discussão, marcará nova reunião para votar o texto na terça-feira.
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