09/08/2006 - 13h36

Lula diz que não vai levar desaforo para casa durante campanha

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, afirmou nesta quarta-feira que seus programas eleitorais em rádio e TV consistirão em mostrar o que foi feito durante seu mandato. No entanto, afirmou que não levará desaforo para casa.

"Não falarei mal de nenhum candidato, não falarei mal de nenhum governo, não falarei mal de nenhuma pessoa, não levantarei denúncias contra ninguém. Agora, a única coisa que eu digo é a seguinte: não levarei desaforo para casa. Portanto, quem fala o que quer, ouve o que não quer", disse Lula, em entrevista à Rádio Capital.

A propaganda eleitoral gratuita começa no próximo dia 15.

O presidente afirmou que, durante seu mandato, se comportou "com toda a paciência do mundo" e, em eleições anteriores, também nunca baixou o nível da campanha. "Já falaram baixarias e mais baixarias, já disseram até que iam me bater e eu fiquei quieto. A minha campanha vai ser como eu fiz a vida inteira. Já disputei muitas eleições, já fui atacado muitas vezes e, em nenhum momento, eu baixei o nível da campanha."

Comparações

Segundo Lula, há muitas realizações para mostrar à população e existem resultados que podem ser comparados desde o governo Getúlio Vargas.

"Eu tenho coisa para mostrar e vou mostrar ao povo brasileiro o que nós fizemos. Mostrar com muita tranqüilidade, porque eu tenho o que mostrar, eu tenho números, eu posso fazer comparações. Posso fazer comparações desde Getúlio Vargas até agora para a gente ver o que aconteceu neste país nestes quatro anos", afirmou.

Numa comparação com o governo Fernando Henrique Cardoso, Lula mencionou que, nos oito anos de mandato de seu antecessor, foi gerada uma média de 8 mil empregos mensais, e durante o governo atual esta média é de 103 mil empregos mensais.

"São empregos positivos, a diferença de quem sai e quem entra. Isso fez com que quase 5 milhões de pessoas já tivessem emprego de carteira profissional assinada, fora o trabalho que fizemos na agricultura familiar, que gera postos de trabalho, o empréstimo consignado e o microcrédito."

Pesquisas

O presidente afirmou que as pesquisas são uma "fotografia momentânea" da corrida eleitoral. Segundo ele, apesar de receber os resultados dos levantamentos de forma positiva, não é possível considerá-los como definitivos.

"Aprendi muito cedo a não desacreditar em pesquisa. Agora, também eu não trato a pesquisa como fato consumado."

As últimas pesquisas Datafolha e CNT/Sensus mostram que ampliou a vantagem do presidente Lula em relação ao candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.

Com informações do site do PT

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