Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/08/2006 - 01h24

Candidatos ao governo paulista fazem debate morno

Publicidade

RAIMUNDO DE OLIVEIRA
da Folha Online

O primeiro debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, realizado na noite desta quarta-feira pela TV Gazeta, foi marcado pelo tom morno e pela ausência do ex-prefeito José Serra (PSDB), que lidera a corrida para o Palácio dos Bandeirantes.

Até mesmo no penúltimo bloco, quando os candidatos fizeram perguntas entre si, o tom morno não foi alterado e os maiores ataques ficaram concentrados na administração tucana do governo estadual --principalmente em relação aos problemas em segurança pública-- e na administração petista do governo federal --principalmente em relação às denúncias de corrupção.

O candidato do PTC, Éder Xavier, propôs que todos os candidatos se sentassem em uma mesma mesa para discutir os problemas do Estado e definir, em conjunto, quais as melhores soluções. "Se não sentar todos os 16 candidatos na mesma mesa, não vamos resolver nada", disse.

Xavier insistiu na proposta de uma "convergência" entre os concorrentes na eleição estadual e usou o tempo disponível para perguntas para questionar o candidato Carlos Apolinário (PDT) se ele sentaria na mesa.

Plínio de Arruda Sampaio, candidato do PSOL ao governo estadual, chegou a reclamar da "civilização" do debate. "Este é um debate supercivilizado que não diz nada. Se este debate tem que ser esclarecedor, ele tem discutir os problemas", disse. O candidato chamou Xavier de "candidato da paz" e afirmou que não se sentaria na mesa de conciliação proposta por Xavier. "Nesta mesa eu não sento", disse.

Um dos momentos mais incisivos do debate ficou por conta de Carlos Apolinário ao perguntar ao candidato ao governo paulista pelo PT, Aloizio Mercadante, o que ele sentia ao saber que tem gente "comendo na lata de lixo" enquanto os bancos têm lucro anual de R$ 30 bilhões e sobre o pagamento antecipado da dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Mercadante afirmou que os juros altos foram implantados durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e criticou o programa de privatização do governo do PSDB. "O governo de Fernando Henrique Cardoso manteve uma taxa de juros de 26% ao ano durante oito anos. A atual taxa de juros de 14% ao ano é alta, mas é a mais baixa dos últimos 25 anos", afirmou.

O candidato petista questionou Orestes Quércia, candidato a governador pelo PMDB, sobre suas propostas para a área de Educação diante do índice de 32,6% de reprovação entre os alunos da rede pública do Estado.

Quércia criticou o sistema de progressão continuada da rede pública, o qual chamou de "ignorância continuada" e afirmou que, caso seja eleito, pretende implantar na rede estadual um programa de avaliação com provas de dois em dois meses.

Claudio de Mauro, candidato do PV, foi questionado sobre os problemas ambientais enfrentados na construção do Rodoanel, que causaram atrasos no cronograma da obra. Ele afirmou que, caso seja eleito, pretende se reunir com as entidades ambientalistas do Estado e que pretende priorizar o transporte ferroviário e hidroviário.

O candidato do PSB ao governo paulista, Mário Luiz Guide, afirmou que, caso vença as eleições, pretende colocar na internet as informações sobre gastos e arrecadações do Estado, descentralizar a administração por meio de conselhos regionais e atuar para melhorar a justiça social.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
  • Enquete: o presidente Lula da Silva deveria ou não participar dos debates entre candidatos?
  • Enquete: a reeleição para presidentes, governadores e prefeitos deve acabar
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página