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16/08/2006
-
07h39
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
A coligação do candidato Edson Vidigal (PSB), que disputa o governo do Maranhão, anunciou que fará uma representação judicial contra o Ibope por suposta irregularidade na pesquisa eleitoral divulgada no final de semana no Estado.
No levantamento, a candidata Roseana Sarney (PFL) lidera a disputa para o governo com 63% das intenções de voto, contra 21% de Jackson Lago (PDT) e 3% de Vidigal. A pesquisa foi encomendada pelo grupo Mirante, da qual a candidata Roseana é sócia.
Segundo José Antônio de Almeida, advogado da coligação e candidato a deputado federal pelo PSB, a amostra utilizada na pesquisa não retrata o universo do Estado em relação à escolaridade, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio), do IBGE.
Dos 812 eleitores entrevistados na pesquisa, 339 (equivalente a 42% da amostra) declararam ter completado o ensino médio ou superior. Segundo Almeida, menos de 5% dos eleitores maranhenses têm este perfil.
"Ao auferir registro no TSE, o instituto informou que usaria dados oficiais na amostragem, mas não o fez", disse. "Está sendo divulgado um resultado que não espelha a realidade."
A diretora-executiva do Ibope Opinião, Márcia Cavallari, disse que nas pesquisas do instituto não é controlado o grau de instrução dos entrevistados, pois há dificuldade de definir o universo de eleitores analfabetos, cujo voto é facultativo. Além disso, segundo ela, os dados do TSE em relação à escolaridade do eleitorado não são atualizados.
"Na Pnad, há um grande número de analfabetos, que não têm obrigatoriedade de votar. Vamos cumprir uma cota [na pesquisa] de analfabetos e que depois podem nem votar? Por isso, não controlamos o grau de escolaridade", disse.
Nas pesquisas, o perfil dos entrevistados é controlado com base em variáveis como sexo, idade, atividade e posição que ocupa na profissão, de acordo com sua representatividade no eleitorado do Estado.
No mês passado, os adversários de Roseana já haviam questionado a divulgação de pesquisa feita pelo Ibope para a TV Mirante, por incluir dados sobre a divisão regional do voto que não constavam do relatório do instituto. O Ibope reconheceu que houve equívoco no relatório e publicou uma nova versão em seu site.
Colaborou FRANCISCO FIGUEIREDO, da Agência Folha
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A coligação do candidato Edson Vidigal (PSB), que disputa o governo do Maranhão, anunciou que fará uma representação judicial contra o Ibope por suposta irregularidade na pesquisa eleitoral divulgada no final de semana no Estado.
No levantamento, a candidata Roseana Sarney (PFL) lidera a disputa para o governo com 63% das intenções de voto, contra 21% de Jackson Lago (PDT) e 3% de Vidigal. A pesquisa foi encomendada pelo grupo Mirante, da qual a candidata Roseana é sócia.
Segundo José Antônio de Almeida, advogado da coligação e candidato a deputado federal pelo PSB, a amostra utilizada na pesquisa não retrata o universo do Estado em relação à escolaridade, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio), do IBGE.
Dos 812 eleitores entrevistados na pesquisa, 339 (equivalente a 42% da amostra) declararam ter completado o ensino médio ou superior. Segundo Almeida, menos de 5% dos eleitores maranhenses têm este perfil.
"Ao auferir registro no TSE, o instituto informou que usaria dados oficiais na amostragem, mas não o fez", disse. "Está sendo divulgado um resultado que não espelha a realidade."
A diretora-executiva do Ibope Opinião, Márcia Cavallari, disse que nas pesquisas do instituto não é controlado o grau de instrução dos entrevistados, pois há dificuldade de definir o universo de eleitores analfabetos, cujo voto é facultativo. Além disso, segundo ela, os dados do TSE em relação à escolaridade do eleitorado não são atualizados.
"Na Pnad, há um grande número de analfabetos, que não têm obrigatoriedade de votar. Vamos cumprir uma cota [na pesquisa] de analfabetos e que depois podem nem votar? Por isso, não controlamos o grau de escolaridade", disse.
Nas pesquisas, o perfil dos entrevistados é controlado com base em variáveis como sexo, idade, atividade e posição que ocupa na profissão, de acordo com sua representatividade no eleitorado do Estado.
No mês passado, os adversários de Roseana já haviam questionado a divulgação de pesquisa feita pelo Ibope para a TV Mirante, por incluir dados sobre a divisão regional do voto que não constavam do relatório do instituto. O Ibope reconheceu que houve equívoco no relatório e publicou uma nova versão em seu site.
Colaborou FRANCISCO FIGUEIREDO, da Agência Folha
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