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16/08/2006
-
18h13
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), assumiu hoje postura defensiva em relação ao envolvimento de três senadores na máfia das ambulâncias. João Alberto afirmou que vai analisar as provas contra cada senador antes de decidir sobre a abertura dos processos.
"Não vamos tomar o mandato de um senador por um crime que ele não cometeu. Mas se cometeu, estou pronto a cortar na própria carne", disse.
O senador sinalizou, no entanto, que pode arquivar os processos antes de submetê-los ao Conselho de Ética. Ele afirmou que não acredita nas palavras do empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de chefiar o esquema de fraudes na compra de ambulâncias, que incluiu o nome dos três senadores entre os envolvidos no esquema. "Eu não aceito a palavra dele como prova. É um bandido."
O regimento do Senado Federal permite ao presidente do Conselho indeferir os processos se considerar que não há provas suficientes para decretar o início das investigações.
Os três senadores acusados de envolvimento com a máfia da ambulâncias já foram notificados pelo Conselho sobre os processos de cassação recomendados pela CPI dos Sanguessugas. Os senadores Ney Suassuana (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT) receberam hoje a notificação por fax. Já o senador Magno Malta (PL-ES), que passou o dia no Senado Federal, foi notificado pessoalmente.
Renúncia
João Alberto negou que pretenda renunciar ao cargo de presidente do Conselho por ser do mesmo partido de um dos acusados, o senador Ney Suassuna. "Não tenho nenhum motivo para me afastar. Tive no Conselho inúmeras denúncias de todos os partidos, e até hoje não fui questionado."
O senador também negou que tenha recebido pressões dos três colegas para não levar adiante os processos. "Eu não vou me açodar por pressão. A minha consciência vai julgar as minhas ações", afirmou.
João Alberto disse que concedeu o prazo de três dias úteis para que os acusados apresentem defesa, tempo menor que o habitualmente oferecido pelo Senado, que é de cinco sessões plenárias. A expectativa do senador é que, se os processos forem instaurados, em trinta dias as investigações sejam finalizadas.
Segundo João Alberto, o senador Alberto Silva (PMDB-PI) vai assumir no Conselho a vaga aberta com a renúncia de Ney Suassuna. Já a vaga de Serys Slhessarenko permanecerá em aberto, já que a senadora é apenas suplente no Conselho.
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Conselho de Ética pode arquivar processos contra sanguessugas
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), assumiu hoje postura defensiva em relação ao envolvimento de três senadores na máfia das ambulâncias. João Alberto afirmou que vai analisar as provas contra cada senador antes de decidir sobre a abertura dos processos.
"Não vamos tomar o mandato de um senador por um crime que ele não cometeu. Mas se cometeu, estou pronto a cortar na própria carne", disse.
O senador sinalizou, no entanto, que pode arquivar os processos antes de submetê-los ao Conselho de Ética. Ele afirmou que não acredita nas palavras do empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de chefiar o esquema de fraudes na compra de ambulâncias, que incluiu o nome dos três senadores entre os envolvidos no esquema. "Eu não aceito a palavra dele como prova. É um bandido."
O regimento do Senado Federal permite ao presidente do Conselho indeferir os processos se considerar que não há provas suficientes para decretar o início das investigações.
Os três senadores acusados de envolvimento com a máfia da ambulâncias já foram notificados pelo Conselho sobre os processos de cassação recomendados pela CPI dos Sanguessugas. Os senadores Ney Suassuana (PMDB-PB) e Serys Slhessarenko (PT-MT) receberam hoje a notificação por fax. Já o senador Magno Malta (PL-ES), que passou o dia no Senado Federal, foi notificado pessoalmente.
Renúncia
João Alberto negou que pretenda renunciar ao cargo de presidente do Conselho por ser do mesmo partido de um dos acusados, o senador Ney Suassuna. "Não tenho nenhum motivo para me afastar. Tive no Conselho inúmeras denúncias de todos os partidos, e até hoje não fui questionado."
O senador também negou que tenha recebido pressões dos três colegas para não levar adiante os processos. "Eu não vou me açodar por pressão. A minha consciência vai julgar as minhas ações", afirmou.
João Alberto disse que concedeu o prazo de três dias úteis para que os acusados apresentem defesa, tempo menor que o habitualmente oferecido pelo Senado, que é de cinco sessões plenárias. A expectativa do senador é que, se os processos forem instaurados, em trinta dias as investigações sejam finalizadas.
Segundo João Alberto, o senador Alberto Silva (PMDB-PI) vai assumir no Conselho a vaga aberta com a renúncia de Ney Suassuna. Já a vaga de Serys Slhessarenko permanecerá em aberto, já que a senadora é apenas suplente no Conselho.
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