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17/08/2006
-
20h11
da Agência Folha
O governador mineiro disse hoje ser contrário à condenação de mulheres que fazem aborto, mas se opôs à legalização da prática.
Na sabatina realizada hoje pela Folha, Aécio Neves também se manifestou sobre outros dois pontos polêmicos: a descriminalização do uso da maconha, em relação à qual se manifestou contra, e sobre a união civil de homossexuais, o que apoiou.
"Não me oponho à união civil entre homossexuais. Defendo a responsabilidade civil compartilhada entre os parceiros. O Brasil está avançando nesta direção, e a legislação deve acompanhar este avanço da sociedade. Não coloco nenhuma objeção ao fato", afirmou.
Aborto
"Não apóio a legalização do aborto, mas não defendo que a mulher que tomou tal iniciativa seja presa, já que todo crime deve ser seguido de uma condenação", afirmou o governador.
Indagado se estava sendo dúbio para agradar ao eleitorado conservador, respondeu que não haver dubiedade em sua posição. Repetiu ser contrário à legalização do aborto, mas disse que é sabido que no Brasil as mulheres das famílias mais ricas conseguem fazer aborto com acompanhamento médico e em segurança, enquanto as pobres o fazem em situação degradante.
"Não questiono a mulher que toma tal atitude, até porque imagino que seja uma decisão muito sofrida para ela", completou.
Em relação à proposta de descriminalização do uso da maconha, como um caminho para a redução do narcotráfico, o governador mineiro disse que muitas "dúvidas pessoais" em relação à sua eficácia e que existem outras políticas públicas para reduzir o comércio ilegal da droga, como campanhas educacionais.
"Não sou a favor [da descriminalização do uso da maconha], mas defendo que haja um amplo debate público sobre o assunto", afirmou.
Aécio anunciou que em um eventual segundo governo vai instituir um programa voltado para jovens de 15 a 18 anos, com situação de risco, com o intuito principal de afastá-lo das drogas e da criminalidade. O estudante de ensino médio de locais de baixo desenvolvimento humano e receberá R$ 1.000 durante três anos. Ele terá obrigações a cumprir, como não ser reprovado na escola, não ter passagem pela polícia e participar de programas comunitários.
Aécio disse que, ao sacar o dinheiro da conta-poupança, a idéia é que o estudante possa usar o dinheiro para, somado ao de outros colegas, abrir um negócio. Mas isso poderá não ser obrigatório. 'Estou pendendo a deixar isso livre, é um gesto de confiança. Amanhã, se comprar drogas com esses R$ 3 mil, é uma pena."
Especial
Leia a cobertura completa das sabatinas da Folha
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Governador de Minas é contra condenar mulher por aborto
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O governador mineiro disse hoje ser contrário à condenação de mulheres que fazem aborto, mas se opôs à legalização da prática.
Na sabatina realizada hoje pela Folha, Aécio Neves também se manifestou sobre outros dois pontos polêmicos: a descriminalização do uso da maconha, em relação à qual se manifestou contra, e sobre a união civil de homossexuais, o que apoiou.
"Não me oponho à união civil entre homossexuais. Defendo a responsabilidade civil compartilhada entre os parceiros. O Brasil está avançando nesta direção, e a legislação deve acompanhar este avanço da sociedade. Não coloco nenhuma objeção ao fato", afirmou.
Aborto
"Não apóio a legalização do aborto, mas não defendo que a mulher que tomou tal iniciativa seja presa, já que todo crime deve ser seguido de uma condenação", afirmou o governador.
Indagado se estava sendo dúbio para agradar ao eleitorado conservador, respondeu que não haver dubiedade em sua posição. Repetiu ser contrário à legalização do aborto, mas disse que é sabido que no Brasil as mulheres das famílias mais ricas conseguem fazer aborto com acompanhamento médico e em segurança, enquanto as pobres o fazem em situação degradante.
"Não questiono a mulher que toma tal atitude, até porque imagino que seja uma decisão muito sofrida para ela", completou.
Em relação à proposta de descriminalização do uso da maconha, como um caminho para a redução do narcotráfico, o governador mineiro disse que muitas "dúvidas pessoais" em relação à sua eficácia e que existem outras políticas públicas para reduzir o comércio ilegal da droga, como campanhas educacionais.
"Não sou a favor [da descriminalização do uso da maconha], mas defendo que haja um amplo debate público sobre o assunto", afirmou.
Aécio anunciou que em um eventual segundo governo vai instituir um programa voltado para jovens de 15 a 18 anos, com situação de risco, com o intuito principal de afastá-lo das drogas e da criminalidade. O estudante de ensino médio de locais de baixo desenvolvimento humano e receberá R$ 1.000 durante três anos. Ele terá obrigações a cumprir, como não ser reprovado na escola, não ter passagem pela polícia e participar de programas comunitários.
Aécio disse que, ao sacar o dinheiro da conta-poupança, a idéia é que o estudante possa usar o dinheiro para, somado ao de outros colegas, abrir um negócio. Mas isso poderá não ser obrigatório. 'Estou pendendo a deixar isso livre, é um gesto de confiança. Amanhã, se comprar drogas com esses R$ 3 mil, é uma pena."
Especial
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