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18/08/2006 - 09h51

Lula prepara carta a evangélicos

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FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja uma ofensiva para conquistar o voto evangélico, que inclui a participação em três eventos nos próximos 40 dias, a montagem de comitês direcionados a esse público em todos os Estados e a divulgação de uma carta em que o petista pede votos e orações.

O PT coloca a conquista dos evangélicos como uma das prioridades da campanha, ao lado do voto feminino e do crescimento na região Sul do país. Para os lulistas, os evangélicos estão órfãos na campanha presidencial, após a saída do ex-governador Anthony Garotinho (PMDB-RJ) do páreo.

De acordo com o último censo do IBGE, de 2000, a parcela da população brasileira que se declara evangélica é de 15,41%. Os petistas acham que hoje ela já está chegando a 20%.

O presidente deve ter um jantar de campanha com lideranças das diversas denominações evangélicas no Rio de Janeiro, em 12 de setembro.

A organização está por conta da ex-ministra Benedita da Silva. Tem ainda convite para abrir a Expocristã, em São Paulo, uma feira de livros, vídeos e outros produtos evangélicos e para a Marcha para Jesus, um grande evento previsto para Sorocaba (SP), no final de setembro.

"O presidente quer expressar o compromisso de ter um diálogo mais próximo com os evangélicos no segundo mandato", diz Ramon Velasquez, membro do coletivo de evangélicos do PT.

A carta do presidente aos evangélicos deve ser divulgada na semana que vem. Com pouco menos de duas páginas, está recebendo os retoques finais. "Conto com suas orações", diz Lula, antes de pedir o voto.

No texto, o presidente promete criar um "canal direto" com a comunidade evangélica. Uma idéia em discussão é a nomeação, em um segundo mandato, de um assessor especial dedicado a cuidar do relacionamento com instituições religiosas --não apenas evangélicos.

"Lula reconhece o papel importantíssimo que os evangélicos desempenham nas periferias, o trabalho social que desenvolvem. Vem daí o compromisso de ter uma parceria mais efetiva", afirma Velasquez.

A idéia de fazer três eventos com evangélicos é uma tentativa de Lula de contemplar o maior número de lideranças possível.

O setor é fragmentado. Há uma divisão nítida entre as igrejas "históricas", como a metodista, luterana e presbiteriana, e os chamados pentecostais, como Assembléia de Deus, Renascer e Universal --o real público-alvo eleitoral.

Outro cuidado da campanha será o de não causar ciumeira em outras religiões. Lula estuda também propostas para encontros com católicos, judeus e muçulmanos.

"O que está definido pela nossa campanha é que o presidente vai conversar com todos os setores da sociedade", diz João Felício, coordenador de mobilização da campanha.

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