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18/08/2006
-
15h42
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, afirmou hoje que vai manter o sistema de "progressão continuada" na rede estadual de ensino, mecanismo que esteve sob ataque de seus rivais Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) e do candidato a presidente Cristovam Buarque (PDT).
Quércia já havia chamado o sistema de "ignorância continuada", enquanto Mercadante afirmou ontem que o sistema implantado na gestão Mário Covas "distorce" o conceito original proposto pelo educador Paulo Freire. Hoje, Cristovam também questionou o mecanismo, que promove a aprovação automática de alunos e que alguns educadores culpam pelo baixo desempenho dos estudantes no Estado.
"Eu pergunto: tem progressão continuada na escola dos ricos? Não tem. Somente tem na escola dos pobres", afirmou Cristovam, que participou hoje de sabatina do jornal "O Estado de S.Paulo", na capital paulista. Ele defendeu o retorno das "dependências" no ensino básico, em que o aluno passa de ano, mas precisa cursar, em outro período, as disciplinas que não alcançou nota suficiente no ano letivo anterior.
"[A progressão continuada] sempre foi uma grande bandeira petista. A progressão continuada é o problema em si. O problema é de controle, é de reforço", disse Serra, afirmando que o sistema foi implantado ainda na gestão Luiza Erundina (1989-1992), quando prefeita de São Paulo.
"O fim da progressão continuada, sem nada, significa ter criança na rua. Agora, ter criança na escola sem mais nada também não basta. Nós temos que melhorar a qualidade", afirmou.
Serra prometeu que, se eleito, implantaria aulas de reforço na 4ª série do ensino fundamental e o estabelecimento de "controles e metas nos primeiros, segundo, terceiros e quarto anos".
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Serra afirma que vai manter "progressão continuada" em São Paulo
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da Folha Online
O candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, afirmou hoje que vai manter o sistema de "progressão continuada" na rede estadual de ensino, mecanismo que esteve sob ataque de seus rivais Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB) e do candidato a presidente Cristovam Buarque (PDT).
Quércia já havia chamado o sistema de "ignorância continuada", enquanto Mercadante afirmou ontem que o sistema implantado na gestão Mário Covas "distorce" o conceito original proposto pelo educador Paulo Freire. Hoje, Cristovam também questionou o mecanismo, que promove a aprovação automática de alunos e que alguns educadores culpam pelo baixo desempenho dos estudantes no Estado.
"Eu pergunto: tem progressão continuada na escola dos ricos? Não tem. Somente tem na escola dos pobres", afirmou Cristovam, que participou hoje de sabatina do jornal "O Estado de S.Paulo", na capital paulista. Ele defendeu o retorno das "dependências" no ensino básico, em que o aluno passa de ano, mas precisa cursar, em outro período, as disciplinas que não alcançou nota suficiente no ano letivo anterior.
"[A progressão continuada] sempre foi uma grande bandeira petista. A progressão continuada é o problema em si. O problema é de controle, é de reforço", disse Serra, afirmando que o sistema foi implantado ainda na gestão Luiza Erundina (1989-1992), quando prefeita de São Paulo.
"O fim da progressão continuada, sem nada, significa ter criança na rua. Agora, ter criança na escola sem mais nada também não basta. Nós temos que melhorar a qualidade", afirmou.
Serra prometeu que, se eleito, implantaria aulas de reforço na 4ª série do ensino fundamental e o estabelecimento de "controles e metas nos primeiros, segundo, terceiros e quarto anos".
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