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23/08/2006 - 09h32

Quércia tem apoio de Mercadante em parceria com Lula

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LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo

Ainda patinando nas pesquisas de intenção de voto, Aloizio Mercadante (PT), candidato ao governo de São Paulo, afirmou ontem que apóia uma parceria "branca" entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), seu adversário na corrida estadual.

"O empenho do presidente com a minha eleição é de tal ordem que farei tudo o que puder para ajudá-lo na campanha. Com certeza, ele contará com o meu apoio", disse o petista após ser questionado sobre a possibilidade de dividir o palanque de Lula com Quércia.

A união foi aventada pelo PT para tentar fortalecer a campanha de Lula em São Paulo, como informou ontem a Folha. Os dirigentes alegam que o Estado, maior colégio eleitoral do país, é um dos poucos em que Lula tem apenas um candidato, hoje muito distante do ex-prefeito José Serra (PSDB).

Segundo o último levantamento Datafolha, Serra tem 49% das intenções de voto e ganharia ainda no primeiro turno. Mercadante tem 17%, e Quércia, 10%.

"Lula quer Quércia em seu palanque", declarou o presidente estadual do PT Paulo Frateschi, que defendeu a criação de comitês suprapartidários, com material de campanha compartilhado.

O ex-governador, no entanto, disse que não recebeu nenhum convite e que, se recebesse, não aceitaria. "Não apóio ninguém para a Presidência, portanto, não vou subir no palanque de Lula."

Em maio, Lula ofereceu a vaga de vice para o PMDB. O maior obstáculo para uma aliança foi a verticalização, que impede partidos adversários na eleição à Presidência de se aliem nos Estados.

Revide

Mercadante, que participou ontem de uma sabatina promovida pelo "Grupo Estado", fez duras críticas aos tucanos e ironizou o fato de o governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB), ter recorrido a frases de Lula durante o programa eleitoral dele no rádio e ter colocado fotos dele com Lula na TV.

"Enquanto os tucanos escondem o ex-presidente FHC, a força política de Lula é tão grande que invade o palanque até dos adversários."

O petista repetiu várias vezes que Serra não cumpriu a promessa de ficar quatro anos na Prefeitura de São Paulo. Gaguejou, porém, ao tentar explicar a diferença entre a atitude do tucano e a de Antonio Palocci, que se afastou da Prefeitura de Ribeirão Preto para assumir um ministério.

"Eu não sei. O ministro tinha prometido não deixar a prefeitura? Prometeu? Então, seguramente errou."

Acuado com perguntas sobre a liberdade de Waldomiro Diniz (ex-assessor de José Dirceu flagrado exigindo propina), contra-atacou. "A Justiça é lenta. Vocês têm aqui no "Estado" um ex-diretor que matou uma colega e ainda está solto", disse, referindo-se ao jornalista Pimenta Neves, condenado em primeira instância pela morte da jornalista Sandra Gomide em 2000 e que aguarda a sentença final em liberdade.

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