Publicidade
Publicidade
26/08/2006
-
10h00
FRANCISCO FIGUEIREDO
da Agência Folha
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Tocantins ordenou a dispensa de mais de mil servidores contratados pelo governo do Estado após o início da campanha eleitoral --ao todo, 19,5 mil ocupam funções para as quais não há a necessidade de concurso no Estado, segundo a Secretaria da Administração.
Em outras duas decisões, a distribuição de cerca de 36 mil óculos por um programa do governo foi suspensa e um empréstimo internacional de US$ 106 mil para a construção e recuperação de estradas no Estado foi congelado.
As liminares atendem a dois pedidos da coligação que tem à frente o ex-governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB), principal adversário do governador Marcelo Miranda (PMDB) na disputa, e a um pedido do candidato a deputado federal Arlindo Silvério de Almeida (PT). Segundo o tribunal, as três medidas beneficiavam de forma irregular Miranda, que é candidato à reeleição.
Notificado na quinta-feira sobre duas das três medidas --a suspensão da entrega de óculos não chegou a ser encaminhada ao governo--, o procurador-geral do Estado, Hércules Ribeiro Martins, disse que pretende recorrer de todas elas e que aposta na vitória.
"São acusações infundadas. Quase todos os cargos atingidos pela medida já existiam na administração. O que houve foi apenas uma reestruturação salarial", afirmou o procurador.
Segundo ele, houve a necessidade de exonerar e recontratar os servidores para que pudessem ganhar um pouco mais. "Contratados novos são apenas 200", disse.
Para a Casa Civil do governo, 1.048 servidores se enquadram na decisão da Justiça. Segundo a ação proposta pela coligação tucana, são 1.260 os irregulares.
Sobre os óculos, o procurador afirma que estavam previstos na lei orçamentária e fazem parte dos gastos com saúde planejados pelo governo. Em sua opinião, a população sai perdendo com a decisão da Justiça.
Já sobre o congelamento do empréstimo, o procurador-geral prevê atraso nas obras contratadas.
A coligação pela qual Miranda tenta a reeleição questiona na Justiça a imparcialidade do corregedor do TRE, o desembargador Marco Antony Villas Boas. O pedido, ainda não julgado, argumenta que Siqueira Campos é padrinho de casamento do desembargador, responsável pelas investigações requisitadas ao tribunal.
Leia mais
Serra venceria no primeiro turno, diz Datafolha
Lula mantém chance de vencer no 1º turno e tem aprovação recorde, diz Datafolha
Maioria não assiste a propaganda eleitoral
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Enquete: o horário eleitoral muda ou não o seu voto?
TRE manda Tocantins dispensar servidores contratados depois da campanha
Publicidade
da Agência Folha
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Tocantins ordenou a dispensa de mais de mil servidores contratados pelo governo do Estado após o início da campanha eleitoral --ao todo, 19,5 mil ocupam funções para as quais não há a necessidade de concurso no Estado, segundo a Secretaria da Administração.
Em outras duas decisões, a distribuição de cerca de 36 mil óculos por um programa do governo foi suspensa e um empréstimo internacional de US$ 106 mil para a construção e recuperação de estradas no Estado foi congelado.
As liminares atendem a dois pedidos da coligação que tem à frente o ex-governador José Wilson Siqueira Campos (PSDB), principal adversário do governador Marcelo Miranda (PMDB) na disputa, e a um pedido do candidato a deputado federal Arlindo Silvério de Almeida (PT). Segundo o tribunal, as três medidas beneficiavam de forma irregular Miranda, que é candidato à reeleição.
Notificado na quinta-feira sobre duas das três medidas --a suspensão da entrega de óculos não chegou a ser encaminhada ao governo--, o procurador-geral do Estado, Hércules Ribeiro Martins, disse que pretende recorrer de todas elas e que aposta na vitória.
"São acusações infundadas. Quase todos os cargos atingidos pela medida já existiam na administração. O que houve foi apenas uma reestruturação salarial", afirmou o procurador.
Segundo ele, houve a necessidade de exonerar e recontratar os servidores para que pudessem ganhar um pouco mais. "Contratados novos são apenas 200", disse.
Para a Casa Civil do governo, 1.048 servidores se enquadram na decisão da Justiça. Segundo a ação proposta pela coligação tucana, são 1.260 os irregulares.
Sobre os óculos, o procurador afirma que estavam previstos na lei orçamentária e fazem parte dos gastos com saúde planejados pelo governo. Em sua opinião, a população sai perdendo com a decisão da Justiça.
Já sobre o congelamento do empréstimo, o procurador-geral prevê atraso nas obras contratadas.
A coligação pela qual Miranda tenta a reeleição questiona na Justiça a imparcialidade do corregedor do TRE, o desembargador Marco Antony Villas Boas. O pedido, ainda não julgado, argumenta que Siqueira Campos é padrinho de casamento do desembargador, responsável pelas investigações requisitadas ao tribunal.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice