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27/08/2006
-
10h45
CATIA SEABRA
enviada especial da Folha a Porto Velho (RO)
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, avisou ontem que a campanha ficará mais agressiva com o calor da disputa. Numa viagem marcada pela escassez material, Alckmin disse, em Porto Velho, que "até a velhinha de Taubaté sabe que Lula sabia [do mensalão]".
"Não dá para não saber o que estava na sala ao lado", afirmou Alckmin, numa referência à desinformada personagem de Luis Fernando Veríssimo.
Ao citar o indiciamento de Humberto Costa, ex-ministro da Saúde e candidato petista ao governo de Pernambuco, Alckmin disse que o "o governo foi contaminado pelo desvio de dinheiro público".
"Tem roubo no Ministério da Saúde. Tem roubo no Ministério da Ciência e Tecnologia, fazenda superfaturada no Incra. Está contaminado", acusou, horas antes de reafirmar que o governo incentiva invasões ao financiar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Alckmin sinalizou com a adoção de um tom mais contundente em campanha ao responder àqueles que cobram um discurso mais incisivo na TV. "A campanha está esquentando e agora está pegando ritmo."
O tucano condenou a impunidade, citando como exemplo os mensaleiros que concorrem à reeleição. Mas, pisando em Rondônia, onde 22 dos 24 deputados estaduais são acusados de fraudes que incluem obras superfaturadas e uma folha de pagamentos paralela, Alckmin teve sua visita blindada.
Apesar de apoiar oficialmente o senador Amir Lando (PMDB) ao governo do Estado, nenhum deputado estadual do PMDB foi convidado para a carreata. O carro de um deles chegou a engrossar o ato, mas foi retirado do aeroporto pouco antes do desembarque.
A idéia era livrar o candidato do constrangimento de ser surpreendido por investigados num corpo-a-corpo.
O coordenador da campanha no Estado, Hamilton Casara, disse que impôs um "freio" à aproximação de Alckmin com o governador Ivo Cassol (PPS), candidato à reeleição. Por ser do PPS, Cassol integra a base de apoio do tucano. "O público dele [do agronegócio] está com Alckmin", afirmou Casara.
A campanha de Alckmin, porém, considera o apoio de Cassol perigoso. O vice na chapa de Cassol, o ex-chefe da Casa Civil, Carlos Magno Ramos, renunciou após ser preso durante a Operação Dominó.
Ontem, foi Amir Lando quem acompanhou o ex-governador de São Paulo na carreata. Após uma hora e meia de passeio pelas ruas em uma caminhonete, Alckmin e os candidatos tiveram de deixar o veículo porque o motor esquentara. Alckmin concluiu o trajeto numa van.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Alckmin diz que campanha tende a ficar mais agressiva
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enviada especial da Folha a Porto Velho (RO)
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, avisou ontem que a campanha ficará mais agressiva com o calor da disputa. Numa viagem marcada pela escassez material, Alckmin disse, em Porto Velho, que "até a velhinha de Taubaté sabe que Lula sabia [do mensalão]".
"Não dá para não saber o que estava na sala ao lado", afirmou Alckmin, numa referência à desinformada personagem de Luis Fernando Veríssimo.
Ao citar o indiciamento de Humberto Costa, ex-ministro da Saúde e candidato petista ao governo de Pernambuco, Alckmin disse que o "o governo foi contaminado pelo desvio de dinheiro público".
"Tem roubo no Ministério da Saúde. Tem roubo no Ministério da Ciência e Tecnologia, fazenda superfaturada no Incra. Está contaminado", acusou, horas antes de reafirmar que o governo incentiva invasões ao financiar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Alckmin sinalizou com a adoção de um tom mais contundente em campanha ao responder àqueles que cobram um discurso mais incisivo na TV. "A campanha está esquentando e agora está pegando ritmo."
O tucano condenou a impunidade, citando como exemplo os mensaleiros que concorrem à reeleição. Mas, pisando em Rondônia, onde 22 dos 24 deputados estaduais são acusados de fraudes que incluem obras superfaturadas e uma folha de pagamentos paralela, Alckmin teve sua visita blindada.
Apesar de apoiar oficialmente o senador Amir Lando (PMDB) ao governo do Estado, nenhum deputado estadual do PMDB foi convidado para a carreata. O carro de um deles chegou a engrossar o ato, mas foi retirado do aeroporto pouco antes do desembarque.
A idéia era livrar o candidato do constrangimento de ser surpreendido por investigados num corpo-a-corpo.
O coordenador da campanha no Estado, Hamilton Casara, disse que impôs um "freio" à aproximação de Alckmin com o governador Ivo Cassol (PPS), candidato à reeleição. Por ser do PPS, Cassol integra a base de apoio do tucano. "O público dele [do agronegócio] está com Alckmin", afirmou Casara.
A campanha de Alckmin, porém, considera o apoio de Cassol perigoso. O vice na chapa de Cassol, o ex-chefe da Casa Civil, Carlos Magno Ramos, renunciou após ser preso durante a Operação Dominó.
Ontem, foi Amir Lando quem acompanhou o ex-governador de São Paulo na carreata. Após uma hora e meia de passeio pelas ruas em uma caminhonete, Alckmin e os candidatos tiveram de deixar o veículo porque o motor esquentara. Alckmin concluiu o trajeto numa van.
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