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30/08/2006 - 23h52

Alckmin se reúne com artistas e intelectuais e pede mais empenho e votos

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RAIMUNDO DE OLIVEIRA
da Folha Online

Os candidatos tucanos à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao governo de São Paulo, José Serra, fizeram uma reunião na noite desta quarta-feira com artistas, intelectuais e simpatizantes em um hotel no bairro dos Jardins, região nobre de São Paulo. Alckmin aproveitou para pedir empenho na campanha.

Segundo ele, é necessário que os candidatos, membros do partido e simpatizantes se empenhem mais e começem a pedir votos na rua, nos pontos de ônibus e em todos os locais para levar a eleição federal para o 2º Turno.

Na platéia, formada por cerca de cem pessoas, de acordo com informações dos organizadores do evento, estavam Fúlvio Stefanini, Juca Chaves, Cacá Rosset, Irene Ravache o maestro John Neschiling, que dirige a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), ex-integrantes de governos tucanos como Cláudia Costin, ex-secretária de Cultura do Estado de São Paulo, Leôncio Martins Rodrigues, cientista político, candidatos e empresários.

Fúlvio Stefanini afirmou que o PSDB precisa "bater" mais na campanha eleitoral porque vem "apanhando" há muito tempo. Segundo o ator, quem não bate acaba tomando. "Este é o jogo", disse.

FHC ataca Lula

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente do PPS, o deputado federal Roberto Freire (PE), proporcionaram os momentos de maior empolgação entre a platéia, com aplausos e até alguns gritos, ao criticar o governo de Lula.

"Podem não ter perdido ainda a popularidade, que é diferente, mas perderam o respeito", afirmou FHC sobre o governo Lula. O ex-presidente disse que o pais está "envenenado pela mentira, pela calúnia e pela falta de vergonha". Segundo ele, cabe ao PSDB mostrar os caminhos e as escolhas que precisam ser feitas para reverter a situação atual na disputa eleitoral.

FHC, que tem tido uma postura de ataque em relação ao governo federal na campanha, afirmou, no entanto, que o PSDB não precisa fazer panelaço. "Há muitas maneiras de manifestar", afirmou ele.

Sobre a crítica feita pelo governador de São Paulo, Claudio Lembo (PFL), de que os ataques de FHC mais atrapalham que ajudam a campanha de Alckmin, o ex-presidente afirmou que não tem atacado ninguém e que tem experiência em campanha política e alfinetou Lembo. "Eu tenho 20 anos de experiência em eleições e já ganhei dele na disputa para o Senado", afirmou.

Freire pede militância

Roberto Freire, que foi que chamado de "velho bolchevique" em uma brincadeira feita por Serra no evento, também conseguiu aplausos e gritos ao afirmar que o governo Lula é uma farsa. "A fraude que é este governo Lula por conta dos erros todos da esquerda", disse.

Freire foi um dos mais aplaudidos no encontro ao afirmar que boa parte da sociedade brasileira não sabe sobre as denúncias de escândalos de corrupção. "A sociedade precisa saber", afirmou. Ao ser aplaudido pela platéia, Freire disse que não precisava do apoio dos presentes. "O que nós precisamos ganhar de vocês é a militância", afirmou.

Alckmin defende embate

Geraldo Alckmin afirmou que a tarefa de sua campanha é ir para o 2º turno e que a campanha eleitoral está no começo. "Nós estamos iniciando o processo eleitoral. Agora é que os argumentos dos temas de 2006 começam a ser colocados. No 2º turno, o Lula não tem como fugir do contraditório (debate) e eu gosto desta peleja política. Aliás gosto muito de enfrentar o PT e nós temos expertise aqui em São Paulo em enfrentar o PT", disse Alckmin.

O candidato rebateu as críticas sobre a estratégia eleitoral que tem usado em sua campanha. "Eleição é preciso não fazê-la de maneira errática. É preciso ter coerência, firmeza. Não se ganha eleição com agenda negativa. Se ganha eleição com esperança, com confiança", disse.

Encontro petista gera polêmica

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, participou de um jantar com artistas na casa do ministro da Cultura, Gilberto Gil, no Rio de Janeiro, e de um encontro com intelectuais em São Paulo.

No encontro com artistas, Paulo Betti e Wagner Tiso fizeram afirmações sobre ética e sobre os escândalos de corrupção no governo federal que provocaram polêmica. "Não dá para fazer [política] sem botar a mão na merda", disse Betti. "Não estou preocupado com a ética do PT. Acho que o PT fez um jogo que tem que fazer para governar o país", afirmou Tiso.

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