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31/08/2006 - 09h35

Kassab contradiz Serra sobre escola de lata

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LEANDRO BEGUOCI
da Folha de S.Paulo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), disse ontem que ainda há escolas de lata na cidade de São Paulo e que pretende acabar com elas até o fim de setembro deste ano.

A declaração contradiz o que vem sendo anunciado no programa de televisão do tucano José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo.

No programa eleitoral de ontem, o locutor enunciou: "Serra acabou com as escolas de lata". Na versão que foi ao ar em 23 de agosto, a declaração foi mais sutil: "Na prefeitura da capital, José Serra cuidou da educação com o mesmo carinho. Prometeu acabar com as escolas de latas e cumpriu".

Ontem, na rádio Eldorado, Kassab foi questionado sobre a eliminação dessas escolas e respondeu: "Até o final de setembro queremos definitivamente eliminar as escolas de lata da cidade de São Paulo. Esta administração deu prioridade zero à questão e estamos felizes por ter atingido essa meta".

Kassab era vice de Serra até março, quando o tucano deixou a prefeitura para disputar o Estado. O pefelista também tem se mostrado um aliado fiel da candidatura tucana, inclusive organizando reuniões com prefeitos da Grande São Paulo para dar apoio a Serra.

Justificativas

A assessoria de Serra argumenta que o programa de TV não disse que o tucano acabou com todas as escolas de lata enquanto governou o município, e que as que sobraram foram só por questões burocráticas.

A prefeitura diz que 80 mil crianças estudavam em 51 escolas de lata no início de 2005, quando Serra e Kassab assumiram o município.

Desse total, 44 escolas foram substituídas por prédios de alvenaria. Sobraram sete, sendo que os alunos de quatro dessas escolas foram remanejados para outros estabelecimentos. As três restantes serão substituídas em setembro deste ano.

Segundo a prefeitura, só há crianças nas escolas de lata porque seus pais enviaram um abaixo-assinado no qual pediam que seus filhos não fossem para outras escolas. A queixa, diz a prefeitura, é que as escolas de destino ficariam distantes das casas dos alunos.

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