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31/08/2006 - 11h54

Para Heloísa Helena, crescimento do PIB é "pífio"

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FELIPE NEVES
da Folha Online

A candidata do PSOL à Presidência da República, senadora Heloísa Helena (AL), criticou nesta quinta-feira a política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição. Segundo ela, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi "pífio".

"Infelizmente é um crescimento pífio, é o retrato da escolha da política econômica feita pelo governo", disse a candidata durante caminhada por Guarulhos (Grande São Paulo).

A economia brasileira registrou uma expansão de 0,5% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Trata-se do pior desempenho desde o terceiro trimestre de 2005. O resultado fraco foi puxado pela indústria. No ano primeiro trimestre, o PIB teve avanço de 1,4%.

Heloísa disse que as escolhas do governo têm como objetivo sabotar o desenvolvimento do país. Ela afirmou que já esperava o baixo índice de crescimento do PIB e ironizou o discurso do presidente Lula, de que em seu governo o Brasil cresce e se preocupa com a distribuição de renda.

"Não tem David Copperfield [mágico] que possibilite o desenvolvimento econômico e a inclusão social com esse tipo de política econômica", afirmou a senadora.

Sobre a queda de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, anunciada ontem pelo Copom, a candidata chamou de uma manobra eleitoreira. Ela, no entanto, disse que todo corte nos juros é bem-vindo, porque considera um alívio na dívida pública.

Em sua plataforma de governo, Heloísa prega um corte pela metade da taxa Selic. "Mecanismos eleitoralistas reproduzem farsas técnicas e fraudes políticas", criticou a senadora. Segundo ela, "não é uma redução compatível com o histórico do Copom".

Volkswagen

Heloísa Helena também aproveitou para criticar a atuação do governo no caso da Volkswagen. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou ontem que o governo não vai interferir no conflito entre a montadora e seus funcionários.

Para ela, o governo tinha a obrigação de intervir para garantir o emprego dos trabalhadores. "O mesmo governo, que é paternalista para o capital financeiro e para os banqueiros, diz que não pode viabilizar a preservação de postos de trabalho na Varig ou na Volks. Isso é inaceitável", criticou.

A candidata comentou também, com ironia, o fato de o presidente Lula evitar falar sobre as demissões na Volks. "É uma cara que tá achando que vai ganhar a eleição no primeiro turno. Ele vai se preocupar com isso?", questionou.

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