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01/09/2006
-
02h59
da Folha Online
Heloísa Helena, que concorre à Presidência da República pelo PSOL, voltou a bombardear o governo Lula e prometeu realizar auditorias nas privatizações realizadas durante o governo FHC (1995-2002) para apurar supostos "crimes contra a administração pública", durante entrevista ao Jornal da Globo na madrugada desta sexta-feira.
Ainda falando sobre as empresas privatizadas, Helena atacou indiretamente a Telefonica e prometeu rever os contratos com a empresa. "Hoje, as tarifas telefônicas pagas no Brasil estão pagando os usuários da Espanha", afirmou.
Na entrevista, Helena afirmou que, ao contrário do que afirma seu plano de governo, não tem um plano pronto de reestatizar as empresas caso seja eleita. "Quando eu passei quatro anos dizendo que o governo Fernando Henrique patrocinou crimes contra a administração pública nos processo de privatização, isso me impõe abrir um procedimento investigatório para mostrar ao povo brasileiro se o processo foi legal", afirmou.
Ela afirmou que pretende acatar a decisão dos eleitores sobre as privatizações. "Se por acaso a população brasileira decidir que as empresas continuarão privatizadas, as empresas continuarão privatizadas", afirmou.
"Patifaria política"
A candidata voltou a atacar o governo petista com veemência. "Delinqüentes de luxo", "balcão de negócios sujos", "patifaria política", "banditismo", "orgias com dinheiro público" e "gangue partidária" foram alguns dos termos usados por Helena para se referir à gestão Lula nos 18 minutos da entrevista.
A candidata do PSOL reafirmou que Lula tinha conhecimento dos esquemas de corrupção montados em seu governo. "Seria impossível quadros importantes, dirigentes partidários, ministros, montarem um esquema de corrupção, de tráfico de influência, intermediação de interesse privado, exploração de prestígio, corrupção passiva e ativa, sem o presidente da República comandar diretamente o processo", disse.
Tensão e fugas
O clima da entrevista foi tenso. Falando muito e rapidamente, Helena em vários momentos fugia às perguntas e chegou a começar uma resposta antes que a questão tivesse sido colocada. Os entrevistadores William Waack e Christiane Pelajo tiveram de interromper Helena em vários momentos e chamar sua atenção para perguntas que não eram respondidas.
Perguntada como agiria no caso de uma greve no funcionalismo público, Helena disparou a falar sobre a importância da educação básica. Quando Pelajo insistiu com uma pergunta direta -- se ela cortaria o ponto de servidores em greve num setor essencial --, a candidata novamente digressou e falou sobre a área de saúde, saneamento básico e "doenças crônico-degenerativas".
Depois de muita insistência, Helena reafirmou que não teria de enfrentar greves porque pretende fazer uma "pactuação transparente" com os trabalhadores do setor público: "Paralisação só há quando a arrogância, a inconseqüência política, o eleitoralismo ou qualquer outro legalismo acaba obstaculizando o funcionamento público", disse.
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Heloísa Helena ataca Lula e promete auditoria em privatizações de FHC
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Heloísa Helena, que concorre à Presidência da República pelo PSOL, voltou a bombardear o governo Lula e prometeu realizar auditorias nas privatizações realizadas durante o governo FHC (1995-2002) para apurar supostos "crimes contra a administração pública", durante entrevista ao Jornal da Globo na madrugada desta sexta-feira.
Ainda falando sobre as empresas privatizadas, Helena atacou indiretamente a Telefonica e prometeu rever os contratos com a empresa. "Hoje, as tarifas telefônicas pagas no Brasil estão pagando os usuários da Espanha", afirmou.
Na entrevista, Helena afirmou que, ao contrário do que afirma seu plano de governo, não tem um plano pronto de reestatizar as empresas caso seja eleita. "Quando eu passei quatro anos dizendo que o governo Fernando Henrique patrocinou crimes contra a administração pública nos processo de privatização, isso me impõe abrir um procedimento investigatório para mostrar ao povo brasileiro se o processo foi legal", afirmou.
Ela afirmou que pretende acatar a decisão dos eleitores sobre as privatizações. "Se por acaso a população brasileira decidir que as empresas continuarão privatizadas, as empresas continuarão privatizadas", afirmou.
"Patifaria política"
A candidata voltou a atacar o governo petista com veemência. "Delinqüentes de luxo", "balcão de negócios sujos", "patifaria política", "banditismo", "orgias com dinheiro público" e "gangue partidária" foram alguns dos termos usados por Helena para se referir à gestão Lula nos 18 minutos da entrevista.
A candidata do PSOL reafirmou que Lula tinha conhecimento dos esquemas de corrupção montados em seu governo. "Seria impossível quadros importantes, dirigentes partidários, ministros, montarem um esquema de corrupção, de tráfico de influência, intermediação de interesse privado, exploração de prestígio, corrupção passiva e ativa, sem o presidente da República comandar diretamente o processo", disse.
Tensão e fugas
O clima da entrevista foi tenso. Falando muito e rapidamente, Helena em vários momentos fugia às perguntas e chegou a começar uma resposta antes que a questão tivesse sido colocada. Os entrevistadores William Waack e Christiane Pelajo tiveram de interromper Helena em vários momentos e chamar sua atenção para perguntas que não eram respondidas.
Perguntada como agiria no caso de uma greve no funcionalismo público, Helena disparou a falar sobre a importância da educação básica. Quando Pelajo insistiu com uma pergunta direta -- se ela cortaria o ponto de servidores em greve num setor essencial --, a candidata novamente digressou e falou sobre a área de saúde, saneamento básico e "doenças crônico-degenerativas".
Depois de muita insistência, Helena reafirmou que não teria de enfrentar greves porque pretende fazer uma "pactuação transparente" com os trabalhadores do setor público: "Paralisação só há quando a arrogância, a inconseqüência política, o eleitoralismo ou qualquer outro legalismo acaba obstaculizando o funcionamento público", disse.
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