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05/09/2006
-
20h47
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas decidiu nesta terça-feira deixar para depois das eleições a votação dos requerimentos de convocações polêmicas e quebras de sigilos dos suspeitos de participação na máfia das ambulâncias.
Com o adiamento, a CPI não votou as convocações dos ex-ministros da Saúde José Serra (PSDB), candidato ao governo de São Paulo, Humberto Costa (PT), candidato ao governo de Pernambuco e Saraiva Felipe (PMDB), candidato à Câmara dos Deputados. Os três seriam chamados à CPI para explicar irregularidades no Ministério da Sáúde no esquema de compra superfaturada de ambulâncias.
Alguns membros do Conselho de Ética atribuem a decisão da CPI a um "acordão" firmado entre os partidos dos ex-ministros para evitar o desgaste pré-eleitoral, já que todos são candidatos em outubro.
"Os três escaparam dos requerimentos que seriam votados hoje, mas mesmo que se elejam governadores, vão ter que enfrentar as convocações em outubro. PMDB, PSDB e PT não tinham interesse em votar isso hoje", afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
O presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), rebateu a possibilidade do acordão. "O regimento do Congresso diz que não podemos votar nada quando há votações em plenário. Por isso votamos somente matérias que eram consenso entre todos os membros da comissão. Enquanto eu presidir a CPI não haverá disputa político-eleitoral", afirmou.
A CPI aprovou apenas 31 dos 178 requerimentos que estavam na pauta da comissão. Foram apreciados somente requerimentos de informações a Ministérios e empresas suspeitas de envolvimento na máfia das ambulâncias.
O sub-relator da CPI, Julio Redecker (PSDB-RS), que investiga as ramificações da máfia sanguessuga no Poder Executivo, criticou a decisão da CPI de adiar as votações polêmicas. O deputado disse que terá as investigações prejudicadas sem a aprovação de grande parte dos requerimentos. "Vamos ter um atraso de quase um mês nas informações. Saio frustrado hoje dessa reunião", desabafou.
As votações serão retomadas apenas no dia 4 de outubro, quando o deputado Biscaia convocou nova reunião da CPI. Segundo Biscaia, não serão realizadas novas reuniões antes do primeiro turno das eleições já que o Congresso Nacional está em recesso branco e os parlamentares fora de Brasília, em campanhas pelos estados. "Não teríamos quórum para novas reuniões", encerrou Biscaia.
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da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Sanguessugas decidiu nesta terça-feira deixar para depois das eleições a votação dos requerimentos de convocações polêmicas e quebras de sigilos dos suspeitos de participação na máfia das ambulâncias.
Com o adiamento, a CPI não votou as convocações dos ex-ministros da Saúde José Serra (PSDB), candidato ao governo de São Paulo, Humberto Costa (PT), candidato ao governo de Pernambuco e Saraiva Felipe (PMDB), candidato à Câmara dos Deputados. Os três seriam chamados à CPI para explicar irregularidades no Ministério da Sáúde no esquema de compra superfaturada de ambulâncias.
Alguns membros do Conselho de Ética atribuem a decisão da CPI a um "acordão" firmado entre os partidos dos ex-ministros para evitar o desgaste pré-eleitoral, já que todos são candidatos em outubro.
"Os três escaparam dos requerimentos que seriam votados hoje, mas mesmo que se elejam governadores, vão ter que enfrentar as convocações em outubro. PMDB, PSDB e PT não tinham interesse em votar isso hoje", afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
O presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), rebateu a possibilidade do acordão. "O regimento do Congresso diz que não podemos votar nada quando há votações em plenário. Por isso votamos somente matérias que eram consenso entre todos os membros da comissão. Enquanto eu presidir a CPI não haverá disputa político-eleitoral", afirmou.
A CPI aprovou apenas 31 dos 178 requerimentos que estavam na pauta da comissão. Foram apreciados somente requerimentos de informações a Ministérios e empresas suspeitas de envolvimento na máfia das ambulâncias.
O sub-relator da CPI, Julio Redecker (PSDB-RS), que investiga as ramificações da máfia sanguessuga no Poder Executivo, criticou a decisão da CPI de adiar as votações polêmicas. O deputado disse que terá as investigações prejudicadas sem a aprovação de grande parte dos requerimentos. "Vamos ter um atraso de quase um mês nas informações. Saio frustrado hoje dessa reunião", desabafou.
As votações serão retomadas apenas no dia 4 de outubro, quando o deputado Biscaia convocou nova reunião da CPI. Segundo Biscaia, não serão realizadas novas reuniões antes do primeiro turno das eleições já que o Congresso Nacional está em recesso branco e os parlamentares fora de Brasília, em campanhas pelos estados. "Não teríamos quórum para novas reuniões", encerrou Biscaia.
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