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03/10/2000
-
21h16
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
Os dois candidatos que disputarão o segundo turno nas eleições à Prefeitura de Fortaleza, Juraci Magalhães (PMDB) e Inácio Arruda (PC do B), não terão o apoio oficial de nenhum adversário derrotado no primeiro turno. Pelo menos por enquanto.
O governador Tasso Jereissati (PSDB) e seu antecessor Ciro Gomes (PPS), que no primeiro turno dedicaram-se à campanha de Patrícia Gomes (PPS), preferem ficar em silêncio.
O primeiro, esperando uma decisão final do partido sobre possíveis alianças; o segundo, declarando que vai apoiar qualquer decisão da ex-mulher.
O PSDB cearense tomou uma primeira decisão: não oficializar apoio nem a Juraci nem a Inácio. Dentro do partido, porém, essa isenção não é regra. Nomes como os do senador Lúcio Alcântara e do deputado federal Ubiratan Aguiar declaram ter maior simpatia à candidatura de Inácio, enquanto o próprio Tasso sinaliza que talvez o ''menos traumático'', para o seu governo, seria mesmo continuar com Juraci.
Outro que prefere ficar calado é o deputado federal Moroni Torgan (PFL). Ele mesmo já havia declarado, antes do primeiro turno, considerar Inácio _que encabeça uma frente de esquerda formada por PC do B, PT, PCB, PDT e PSB_ "honesto", mas decidiu seguir a determinação do partido e se manter afastado da disputa no segundo turno.
Tanto uma decisão de Moroni como de Patrícia pode ser decisiva para definir os resultados do segundo turno. Os dois juntos conseguiram 35% dos votos _Moroni teve 18%, terminando em terceiro lugar, e Patrícia, 17%. O atual prefeito Juraci Magalhães foi o mais votado, com 33% dos votos, seguido de perto por Inácio, com 30%.
A estratégia do prefeito para conquistar os votos de Patrícia e Moroni será questionar a competência do grupo de Inácio.
Para enfatizar essa crítica, Juraci vai relembrar que, durante o governo do PT na capital, entre 1985 e 1988, a então prefeita Maria Luiza Fontenelle não conseguiu administrar a cidade por causa das sucessivas greves, que, em seu raciocínio, poderiam acontecer novamente com um governo de esquerda.
Já Inácio vai atacar a administração de Juraci, sua vinculação ao governo federal e as denúncias de corrupção na prefeitura.
Segundo a assessoria da ex-mulher de Ciro, ela prefere não aparecer em público por enquanto, mas promete divulgar sua escolha daqui a alguns dias.
Em nota, Patrícia "cumprimenta e felicita" Juraci e Inácio, "pedindo a Deus que dê ao que for vitorioso a melhor condição de servir ao povo de Fortaleza".
O apoio de Patrícia a Juraci é o menos provável, porque o PPS e a própria ex-mulher de Ciro sempre fizeram oposição ao prefeito na Câmara.
O problema em apoiar Inácio não seria ideológico _Patrícia já foi simpatizante do PC do B, mas a troca de acusações entre ambos na campanha. Ela chegou a chamá-lo de ''desonesto''.
Leia mais no especial Eleições Online.
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Candidatos de Fortaleza não contam com apoios
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da Agência Folha, em Fortaleza
Os dois candidatos que disputarão o segundo turno nas eleições à Prefeitura de Fortaleza, Juraci Magalhães (PMDB) e Inácio Arruda (PC do B), não terão o apoio oficial de nenhum adversário derrotado no primeiro turno. Pelo menos por enquanto.
O governador Tasso Jereissati (PSDB) e seu antecessor Ciro Gomes (PPS), que no primeiro turno dedicaram-se à campanha de Patrícia Gomes (PPS), preferem ficar em silêncio.
O primeiro, esperando uma decisão final do partido sobre possíveis alianças; o segundo, declarando que vai apoiar qualquer decisão da ex-mulher.
O PSDB cearense tomou uma primeira decisão: não oficializar apoio nem a Juraci nem a Inácio. Dentro do partido, porém, essa isenção não é regra. Nomes como os do senador Lúcio Alcântara e do deputado federal Ubiratan Aguiar declaram ter maior simpatia à candidatura de Inácio, enquanto o próprio Tasso sinaliza que talvez o ''menos traumático'', para o seu governo, seria mesmo continuar com Juraci.
Outro que prefere ficar calado é o deputado federal Moroni Torgan (PFL). Ele mesmo já havia declarado, antes do primeiro turno, considerar Inácio _que encabeça uma frente de esquerda formada por PC do B, PT, PCB, PDT e PSB_ "honesto", mas decidiu seguir a determinação do partido e se manter afastado da disputa no segundo turno.
Tanto uma decisão de Moroni como de Patrícia pode ser decisiva para definir os resultados do segundo turno. Os dois juntos conseguiram 35% dos votos _Moroni teve 18%, terminando em terceiro lugar, e Patrícia, 17%. O atual prefeito Juraci Magalhães foi o mais votado, com 33% dos votos, seguido de perto por Inácio, com 30%.
A estratégia do prefeito para conquistar os votos de Patrícia e Moroni será questionar a competência do grupo de Inácio.
Para enfatizar essa crítica, Juraci vai relembrar que, durante o governo do PT na capital, entre 1985 e 1988, a então prefeita Maria Luiza Fontenelle não conseguiu administrar a cidade por causa das sucessivas greves, que, em seu raciocínio, poderiam acontecer novamente com um governo de esquerda.
Já Inácio vai atacar a administração de Juraci, sua vinculação ao governo federal e as denúncias de corrupção na prefeitura.
Segundo a assessoria da ex-mulher de Ciro, ela prefere não aparecer em público por enquanto, mas promete divulgar sua escolha daqui a alguns dias.
Em nota, Patrícia "cumprimenta e felicita" Juraci e Inácio, "pedindo a Deus que dê ao que for vitorioso a melhor condição de servir ao povo de Fortaleza".
O apoio de Patrícia a Juraci é o menos provável, porque o PPS e a própria ex-mulher de Ciro sempre fizeram oposição ao prefeito na Câmara.
O problema em apoiar Inácio não seria ideológico _Patrícia já foi simpatizante do PC do B, mas a troca de acusações entre ambos na campanha. Ela chegou a chamá-lo de ''desonesto''.
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