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10/09/2006 - 10h00

Alckmin se nega a falar sobre caso Azeredo

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KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Cascavel (CE)

O candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) preferiu falar da má conservação das estradas do Maranhão quando questionado sobre o trecho da carta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em que cita a falta de reação do PSDB quando veio à tona o envolvimento do ex-governador tucano Eduardo Azeredo (MG) no caso do "valerioduto".

Ignorando a pergunta sobre o impacto do mea-culpa de Fernando Henrique, o candidato respondeu: "Queria destacar também que ontem estive no Maranhão, percorrendo a BR-316, estrada importantíssima para o interior do Nordeste, e vi um estado de abandono". Alckmin fez ontem caminhada pela feira de Cascavel, no Ceará (cerca de 100 km de Fortaleza).

O tucano disse ter interpretado a carta como uma forma de o ex-presidente se indignar contra a corrupção. "É uma carta mostrando para o Brasil que infelizmente nós temos um presidente enganador."

Para o senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB, não há crise no partido e a carta de Fernando Henrique é "um desabafo de um grande homem diante da crise". Na carta, o ex-presidente afirma que o PSDB errou ao permanecer calado e "tapar o sol com a peneira no caso do senador Azeredo".

Tasso fez ressalvas a trechos da carta. Disse que não se pode afirmar que o PSDB errou ao não evidenciar com mais força as denúncias contra Lula.

Alckmin não foi recebido pelo candidato do PSDB ao governo do Ceará, Lúcio Alcântara, que tem preferido exaltar sua proximidade com Lula a pedir votos ao colega. O governador tucano mostrou cenas do presidente no programa de TV.

Cartilhas

À noite, em Quixeramobim (220 km de Fortaleza), Alckmin classificou de "roubo" a impressão de quase dois milhões de cartilhas, que teriam sido pagas com recursos da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e distribuídas por diretórios do PT.

Reportagem da revista "Veja" desta semana revela que o Tribunal de Contas da União recebeu recentemente do governo explicações pendentes sobre a falta de comprovação de R$ 11 milhões em gastos da Secom. O TCU suspeitava de superfaturamento na confecção de cartilhas e revistas com propagandas de governo. Agora, a Secom informou, segundo a revista, que as cartilhas foram encaminhadas por agências de publicidade a diretórios do PT.

"Não é brincadeira, são R$ 11 milhões. É uma corrupção atrás da outra", disse Alckmin. Tasso atacou diretamente Lula. "Todo dia tem roubo desse homem. Ele continua fingindo que não sabe de nada."

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