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11/09/2006
-
11h16
da Agência Folha, em Campinas
Cinco anos após o assassinato do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, a viúva dele, Roseana Garcia, diz que Luiz Inácio Lula da Silva não cumpriu a promessa feita em 2002 de que, se eleito presidente, colocaria a Polícia Federal no caso.
Toninho foi morto na noite do dia 10 de setembro de 2001. Roseana diz que a promessa de Lula foi feita a ela em um palanque durante discurso na cidade.
"Ele me falou em cima do palanque em 2002, com minha filha do lado, que, se fosse eleito presidente da República, colocaria a Polícia Federal no caso do Toninho. Até hoje nada. Nem me receber ele queria. Ele me recebeu por cinco minutos [em 2004] depois que eu levei abaixo-assinado com 53 mil assinaturas para ele em Brasília."
"Com o Lula presidente da República e o Márcio Thomaz Bastos como ministro da Justiça, eu achei que o meu problema estava resolvido, mas foi um ledo engano", disse ela, lembrando que Bastos era advogado da família.
A família do prefeito contesta as versões da polícia e da Promotoria para o assassinato.
Para a polícia, Toninho foi morto pela quadrilha do seqüestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, por atrapalhar a fuga do bando.
A quadrilha fugia porque havia tentado seqüestrar um empresário, segundo a polícia.
Andinho é o único membro ainda vivo da quadrilha. Ele nega envolvimento no crime.
Para o irmão de Toninho, Paulo da Costa Santos, a possibilidade de o crime ter sido motivado por interesses político-econômicos nunca foi investigada com profundidade.
Para o advogado da família, André Guimarães, a tese de que a quadrilha de Andinho foi responsável pelo crime é "um atentado contra a inteligência média da população". "Toninho foi alvejado com três tiros. E essa tese de que ele atrapalhou a fuga é absurda porque havia diversos outros veículos na saída do shopping. Por que só o carro dele atrapalhou a fuga? Por que o terceiro tiro foi feito após a quadrilha ter ultrapassado o carro de Toninho?"
Um dos promotores do caso, Fernando Vianna, disse que todas as possibilidades para o crime foram investigadas. "A motivação continua em aberto, mas temos convicção de que foi a quadrilha de Andinho que fez os disparos", disse.
A Folha teve acesso ao processo e identificou ao menos quatro testemunhas indicando que o crime pode ter sido premeditado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Toninho do PT
Viúva de Toninho do PT critica presidente Lula
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Cinco anos após o assassinato do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, a viúva dele, Roseana Garcia, diz que Luiz Inácio Lula da Silva não cumpriu a promessa feita em 2002 de que, se eleito presidente, colocaria a Polícia Federal no caso.
Toninho foi morto na noite do dia 10 de setembro de 2001. Roseana diz que a promessa de Lula foi feita a ela em um palanque durante discurso na cidade.
"Ele me falou em cima do palanque em 2002, com minha filha do lado, que, se fosse eleito presidente da República, colocaria a Polícia Federal no caso do Toninho. Até hoje nada. Nem me receber ele queria. Ele me recebeu por cinco minutos [em 2004] depois que eu levei abaixo-assinado com 53 mil assinaturas para ele em Brasília."
"Com o Lula presidente da República e o Márcio Thomaz Bastos como ministro da Justiça, eu achei que o meu problema estava resolvido, mas foi um ledo engano", disse ela, lembrando que Bastos era advogado da família.
A família do prefeito contesta as versões da polícia e da Promotoria para o assassinato.
Para a polícia, Toninho foi morto pela quadrilha do seqüestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, por atrapalhar a fuga do bando.
A quadrilha fugia porque havia tentado seqüestrar um empresário, segundo a polícia.
Andinho é o único membro ainda vivo da quadrilha. Ele nega envolvimento no crime.
Para o irmão de Toninho, Paulo da Costa Santos, a possibilidade de o crime ter sido motivado por interesses político-econômicos nunca foi investigada com profundidade.
Para o advogado da família, André Guimarães, a tese de que a quadrilha de Andinho foi responsável pelo crime é "um atentado contra a inteligência média da população". "Toninho foi alvejado com três tiros. E essa tese de que ele atrapalhou a fuga é absurda porque havia diversos outros veículos na saída do shopping. Por que só o carro dele atrapalhou a fuga? Por que o terceiro tiro foi feito após a quadrilha ter ultrapassado o carro de Toninho?"
Um dos promotores do caso, Fernando Vianna, disse que todas as possibilidades para o crime foram investigadas. "A motivação continua em aberto, mas temos convicção de que foi a quadrilha de Andinho que fez os disparos", disse.
A Folha teve acesso ao processo e identificou ao menos quatro testemunhas indicando que o crime pode ter sido premeditado.
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