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11/09/2006 - 13h08

Aldo acusa FHC de ter deixado o sociólogo se contaminar com a política

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ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), acusou nesta segunda-feira o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de ter deixado sua formação como sociólogo se contaminar pela atual disputa política brasileira. Aldo reagiu às recentes críticas de FHC ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicadas em carta aberta ao país divulgada na última quinta-feira.

Mesmo sem ser questionado a respeito de carta, Aldo disparou: "Parece que o sociólogo tão arguto, tão capaz de compreender o Brasil, perde espaço para a política quando não vê que o país precisa da disputa, mas também precisa do diálogo".

Para Aldo, Fernando Henrique se diminuiu com a carta. "Acho que as análises erradas sobre o que são essas eleições no Brasil diminuem o papel dele, que é relevante não apenas como líder da oposição, mas como figura representativa do nosso país", disse.

O presidente da Câmara foi mais além. Afirmou que FHC deve ter lido, como a maioria dos brasileiros, clássicos de Guimarães Rosa para compreender a realidade do país e perceber que ela "nem sempre se enquadra na sociologia da USP" --onde o ex-presidente foi professor.

Na opinião de Aldo, a sociologia de FHC muitas vezes não consegue compreender o país. "[O sociólogo] Florestan Fernandes sabia o que estava fazendo quando convidou [o antropólogo e sociólogo] Gilberto Freyre para a banca examinadora de Fernando Henrique. Acho que um dos maiores erros de Gilberto Freyre foi não ter comparecido. Talvez isso tenha criado uma distância muito prejudicial ao Fernando Henrique entre o sociólogo da USP e a obra de Freyre, que faria muito bem a ele", criticou.

Assim como diversas lideranças governistas, Aldo atribuiu a carta de FHC à disputa presidencial. "Não devemos substituir a crítica, a militância, pelo desespero. Creio que o ex-presidente tem uma larga folha de serviços prestados ao país. (...) Ele não deve ser um líder da oposição, mas um líder do país, da negociação."

Na carta, FHC faz duras críticas ao governo Lula, mas diz que seu partido errou ao "tapar o sol com a peneira" em relação às acusações de corrupção que envolveram o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998.

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