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13/09/2006 - 13h47

Cristovam defende o fim da reeleição e da "compra indireta de votos"

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ANDREA CATÃO
da Folha Online

O candidato do PDT à Presidência da República, senador Cristovam Buarque, defendeu a reforma política e, como principal ponto, o fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos. Ele também falou que o governo federal tem feito a "compra indireta de votos" e alertou para a necessidade de a reforma prever a fidelidade partidária, a fim de evitar situações como as que tem enfrentado nesta campanha.

Em alguns municípios, o senador disse ter "sentido a falta de apoio" das lideranças regionais à sua candidatura, as quais têm feito abertamente campanha para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição.

Sem citar nomes, ele afirmou que alguns "se vendem" em troca de recursos provenientes do governo federal. "Alguns prefeitos, em vez de terem clareza do debate ideológico, estão só olhando a curto prazo. Como o Lula está na frente, eles o apóiam para ver se em 2007 conseguem muito mais dinheiro. No fundo, isso é venda de voto", afirmou o pedetista.

Segundo Cristovam, quando uma liderança faz a escolha do candidato para ter direito a mais verbas não passa de "compra de voto com dinheiro público". "O TSE [Tribunal Superior Eleitoral] é que deveria tomar uma medida contra isso."

O candidato disse que a situação seria diferente caso a lei fosse contrária à reeleição. "A falta de fidelidade partidária não está apenas associada à necessidade em ser feita uma reforma política, mas com a reeleição. E a reeleição é a grande causa da manipulação."

Para o senador, a reeleição é um "desastre". "Faz com que aquele que está no poder, desde o primeiro dia de governo, só olhe para a reeleição. Isso faz com sejam feitas alianças com quem não devia, que foi o caso do mensalão, e deixa o povo três anos na fome para, no finalzinho, dar as coisas que o povo quer e ganhar voto com isso."

Eleitoreiro

Cristovam afirmou que o pacote para a habitação apresentado ontem pelo governo federal, que prevê facilidades para o financiamento da casa própria, é eleitoreiro.

"Claro que esse pacote é importante. Mas deveria ter sido feito no começo [do mandato] e não ter esperado para apresentar a 17 dias das eleições", criticou.

O senador esteve na manhã de hoje no bairro paulistano da Mooca, na zona leste, no diretório municipal do partido. Ele apresentou seu plano de governo a cerca de 50 pessoas presentes no encontro.

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