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13/09/2006
-
16h58
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, acusou hoje o procurador do Ministério Público Federal, Luciano Rolim, de ter agido de forma "leviana, temerária e irresponsável" ao acusar a Polícia Federal de vazamento de informações ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na Operação Mão de Obra deflagrada em julho deste ano. O advogado disse que vai ingressar com representação contra o procurador na próxima segunda-feira no Conselho Nacional do Ministério Público.
Cascais também estuda entrar na Justiça com ação civil pública de reparação por danos morais ao diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, além de interpelar judicialmente o procurador para que ele explique as declarações a respeito do suposto vazamento. "Nenhuma prerrogativa concedida a membros do Ministério Público permite abusos desse poder. E na minha opinião, houve abuso", criticou.
Durante entrevista para esclarecer a denúncia, Cascais chegou a desqualificar o Ministério Público por ter revelado à imprensa detalhes do suposto vazamento. "O que vem do Ministério Público não quer dizer nada. Depois daquela entrevista de ontem [ao Jornal Nacional da TV Globo], o que vem do Ministério Público não tem mais valor", disse o advogado.
Troca de acusações
O Ministério Público Federal acusa o delegado Bergson Toledo Silva, superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, de ter avisado Renan Calheiros sobre a diligência que a PF realizou no Senado Federal para a apreensão de documentos e computadores na Operação Mão de Obra --uma vez que o delegado é apontado como amigo pessoal de Renan.
Após ser avisado, o presidente do Senado solicitou a Agaciel Maia que acompanhasse a diligência. Como o Ministério Público afirma que Maia era investigado por suspeita de envolvimento nas fraudes descobertas pela Operação Mão de Obra, há a suspeita de que o diretor do Senado tenha retirado documentos e apagado informações no material apreendido pela PF.
O advogado negou que qualquer informação tenha sido apagada ou retirada do Senado. Cascais admitiu, apenas, que Renan Calheiros foi informado sobre a diligência da PF pouco mais de cinco horas antes do seu início. Mas nega que o presidente do Senado, ou o diretor-geral, tivessem conhecimento do que seria apreendido.
"Não houve a comunicação ao presidente nem ao diretor de qual operação se tratava e que documentos seriam levados", disse.
Cascais
A pedido dos jornalistas, Alberto Cascais prometeu resgatar fitas do circuito interno de TV do Senado Federal no dia da diligência. As imagens podem mostrar se alguém entrou no Senado na madrugada anterior à diligência para retirar provas ou apagar informações de computadores.
O advogado, no entanto, disse não acreditar que as fitas sejam usadas como provas pelo Ministério Público. 'Já que o Senado está sob suspeita, vocês acham que vão acreditar em informações da Polícia Legislativa?', questionou o advogado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Operação Mão-de-Obra
Após denúncia de vazamento, advogado do Senado chama procurador de "leviano"
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da Folha Online, em Brasília
O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, acusou hoje o procurador do Ministério Público Federal, Luciano Rolim, de ter agido de forma "leviana, temerária e irresponsável" ao acusar a Polícia Federal de vazamento de informações ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na Operação Mão de Obra deflagrada em julho deste ano. O advogado disse que vai ingressar com representação contra o procurador na próxima segunda-feira no Conselho Nacional do Ministério Público.
Cascais também estuda entrar na Justiça com ação civil pública de reparação por danos morais ao diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, além de interpelar judicialmente o procurador para que ele explique as declarações a respeito do suposto vazamento. "Nenhuma prerrogativa concedida a membros do Ministério Público permite abusos desse poder. E na minha opinião, houve abuso", criticou.
Durante entrevista para esclarecer a denúncia, Cascais chegou a desqualificar o Ministério Público por ter revelado à imprensa detalhes do suposto vazamento. "O que vem do Ministério Público não quer dizer nada. Depois daquela entrevista de ontem [ao Jornal Nacional da TV Globo], o que vem do Ministério Público não tem mais valor", disse o advogado.
Troca de acusações
O Ministério Público Federal acusa o delegado Bergson Toledo Silva, superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, de ter avisado Renan Calheiros sobre a diligência que a PF realizou no Senado Federal para a apreensão de documentos e computadores na Operação Mão de Obra --uma vez que o delegado é apontado como amigo pessoal de Renan.
Após ser avisado, o presidente do Senado solicitou a Agaciel Maia que acompanhasse a diligência. Como o Ministério Público afirma que Maia era investigado por suspeita de envolvimento nas fraudes descobertas pela Operação Mão de Obra, há a suspeita de que o diretor do Senado tenha retirado documentos e apagado informações no material apreendido pela PF.
O advogado negou que qualquer informação tenha sido apagada ou retirada do Senado. Cascais admitiu, apenas, que Renan Calheiros foi informado sobre a diligência da PF pouco mais de cinco horas antes do seu início. Mas nega que o presidente do Senado, ou o diretor-geral, tivessem conhecimento do que seria apreendido.
"Não houve a comunicação ao presidente nem ao diretor de qual operação se tratava e que documentos seriam levados", disse.
Cascais
A pedido dos jornalistas, Alberto Cascais prometeu resgatar fitas do circuito interno de TV do Senado Federal no dia da diligência. As imagens podem mostrar se alguém entrou no Senado na madrugada anterior à diligência para retirar provas ou apagar informações de computadores.
O advogado, no entanto, disse não acreditar que as fitas sejam usadas como provas pelo Ministério Público. 'Já que o Senado está sob suspeita, vocês acham que vão acreditar em informações da Polícia Legislativa?', questionou o advogado.
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