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13/09/2006
-
21h17
DEISE DE OLIVEIRA
da Folha Online
A candidata do PSOL à Presidência, Heloísa Helena, disse que os ataques ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nada tem a ver com rancor por sua expulsão do PT. Mas, sim, à manutenção do que ela mesma, como líder do PT, criticou no governo Fernando Henrique, e que, agora, o governo Lula coloca em prática.
"Nos quatro anos do governo Fernando Henrique, em que fui líder do PT e da oposição, fiz combate implacável, em que a gente quase que se negava a ver qualquer coisa que era feita. Muitas coisas que estão sendo apropriadas pelo governo Lula, nós negávamos com veemência", disparou Heloísa, em entrevista na TV Cultura na noite desta quarta-feira.
Segundo ela, entre as propostas que foram condenadas na oposição do governo FHC e que Lula ajudou a implementar estão as PPPs (Parcerias Público-Privadas), a reforma da previdência, a lei de falências, a blindagem ao presidente do Banco Central e o foro privilegiado.
Heloísa Helena, porém, voltou a afirmar que, se eleita, vai manter o Bolsa-Família. E acusou o uso coercitivo e eleitoreiro do programa neste período:
"Assim como no passado a cesta básica foi utilizada para se apropriar da dor e do desempenho de um pai e de uma mãe de família e criar vínculo político, fazem o Lula e fazem prefeitos na disputa pelo governo. Dizem 'se não votar em mim, acabo com o Bolsa-Família'", acusou a senadora.
Por outro lado, Heloísa Helena reconheceu a importância do programa Bolsa-Família e propôs ajustes:
"É uma política importante, mas tem de estar vinculada a outras questões objetivas de inclusão social, como cultura, esporte, inclusão no mercado de trabalho", afirmou.
Em relação à política econômica, a candidata condenou a subserviência do governo Lula aos investidores estrangeiros e aos bancos. Disse que o país tem condições de crescer 7% em vez dos 3,5% esperados pelo governo para este ano, defendeu o corte na taxa de juros, e descartou a possibilidade de volta da inflação e da fuga de capitais.
Heloísa Helena também reiterou confiança de seguir para o segundo turno das eleições e o esforço do PSOL em superar a cláusula de barreira, ao reeleger os parlamentares do partido e possibilitar novos mandatos.
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Heloísa Helena acusa PT de implementar o que criticou em 4 anos do governo FHC
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A candidata do PSOL à Presidência, Heloísa Helena, disse que os ataques ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nada tem a ver com rancor por sua expulsão do PT. Mas, sim, à manutenção do que ela mesma, como líder do PT, criticou no governo Fernando Henrique, e que, agora, o governo Lula coloca em prática.
"Nos quatro anos do governo Fernando Henrique, em que fui líder do PT e da oposição, fiz combate implacável, em que a gente quase que se negava a ver qualquer coisa que era feita. Muitas coisas que estão sendo apropriadas pelo governo Lula, nós negávamos com veemência", disparou Heloísa, em entrevista na TV Cultura na noite desta quarta-feira.
Segundo ela, entre as propostas que foram condenadas na oposição do governo FHC e que Lula ajudou a implementar estão as PPPs (Parcerias Público-Privadas), a reforma da previdência, a lei de falências, a blindagem ao presidente do Banco Central e o foro privilegiado.
Heloísa Helena, porém, voltou a afirmar que, se eleita, vai manter o Bolsa-Família. E acusou o uso coercitivo e eleitoreiro do programa neste período:
"Assim como no passado a cesta básica foi utilizada para se apropriar da dor e do desempenho de um pai e de uma mãe de família e criar vínculo político, fazem o Lula e fazem prefeitos na disputa pelo governo. Dizem 'se não votar em mim, acabo com o Bolsa-Família'", acusou a senadora.
Por outro lado, Heloísa Helena reconheceu a importância do programa Bolsa-Família e propôs ajustes:
"É uma política importante, mas tem de estar vinculada a outras questões objetivas de inclusão social, como cultura, esporte, inclusão no mercado de trabalho", afirmou.
Em relação à política econômica, a candidata condenou a subserviência do governo Lula aos investidores estrangeiros e aos bancos. Disse que o país tem condições de crescer 7% em vez dos 3,5% esperados pelo governo para este ano, defendeu o corte na taxa de juros, e descartou a possibilidade de volta da inflação e da fuga de capitais.
Heloísa Helena também reiterou confiança de seguir para o segundo turno das eleições e o esforço do PSOL em superar a cláusula de barreira, ao reeleger os parlamentares do partido e possibilitar novos mandatos.
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