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15/09/2006 - 16h21

Ministro diz que há mais provas contra Serra além de denúncia dos Vedoin

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) disse nesta sexta-feira que a denúncia dos empresários Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Darci Vedoin, sócios da Planam, contra o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, não é a única prova de participação do ex-ministro da Saúde (1998 a 2002) no escândalo dos sanguessugas.

Na reportagem da revista "IstoÉ" deste final de semana, os Vedoin dizem que o esquema de compra de ambulâncias teria começado na gestão Serra, segundo o Blog do Josias.

A assessoria de Serra informou que o candidato minimizou a denúncia, afirmando que "é mais um item do kit baixaria do PT". O tucano deve divulgar uma nota até o final do dia comentando a nova denúncia. Ele não possui agenda de campanha na rua nesta sexta-feira. Seu único compromisso público é uma entrevista à noite para o jornal "SPTV", da Globo.

Segundo Hage, existem documentos que envolveriam Serra e o ex-secretário-executivo da pasta Barjas Negri --que respondeu pelo ministério de fevereiro a dezembro de 2002-- com o esquema.

"As acusações sobre o governo anterior não estão só apoiadas nos depoimentos dos Vedoin, existem documentos, e depoimentos de parlamentares que fazem acusações ao então secretário-executivo e ao ministro [José Serra]", disse o ministro.

O ministro criticou o "tratamento diferenciado" dado às acusações de Vedoin pela oposição, que descredenciou as afirmações do empresário sobre Serra. "A credibilidade dada aos Vedoin sobre as acusações ao ex-ministro José Serra tem que ser a mesma a que se atribui a ele quando acusa o governo atual, claro com as reservas próprias de quem é réu e está sob delação premiada", ponderou. "Contra o Humberto Costa, os indícios já saltam para conclusão, enquanto com o Serra isso não ocorre."

Na avaliação do ministro, para se chegar às provas sobre os acusados de envolvimento com o desvio de recursos do orçamento é preciso seguir três passos: analisar as escutas telefônicas; os depoimentos de outras pessoas que não são rés no caso; e avaliar as auditorias da Controladoria, com os restos de contas disponíveis.

Denúncia

Em entrevista à revista "IstoÉ", os Vedoin afirmam que o esquema de desvio do orçamento começou em 1998, durante a gestão de Serra no ministério.

"Naquela época, a bancada do PSDB conseguia aprovar tudo e, no ministério, o dinheiro era rapidamente aprovado", disse Luiz Antônio.

Conforme os Vedoin, do total de 891 ambulâncias comercializadas pela Planam entre 2000 e 2004, 681 tiveram verba liberada até 2002, durante a gestão de Serra e Barjas Negri.

Especial
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